Preparem-se, isto é o que comeremos dentro de dez anos
A curiosidade e a busca pela sustentabilidade está levando os cientistas a desenvolver alimentos inimagináveis. A alimentação é um dos elementos de união culturais mais potentes, muitas relações humanas são forjadas sentados em torno de uma mesa, compartilhando uma boa refeição. Nas últimas décadas, nossa dieta mudou muito. Passamos a acrescentar o binômio saúde e sustentabilidade em um prato de comida. Já não basta saciarmos a fome. Mas essas novidades são diminutas quando comparadas ao que virá nos próximos anos.
Fácil, basta um comprimido!
Uma das inovações que chegarão aos supermercados serão os comprimidos contendo todos os nutrientes necessários para uma refeição perfeitamente saudável. Uma das experiências é fazer comprimidos específicos para as necessidades de cada pessoa. Extremamente prático, esses comprimidos já foram testados pelos cientistas da NASA e muitas outras equipes europeias. Para quem vive correndo - a maioria dos adultos do mundo - um sucesso prometedor.
Algas, plante e coma. Vem aí os insetos comestíveis.
Quase não damos importância nutritiva às algas, mas elas estão nos pratos dos humanos desde há 14.000 anos. Recentemente, elas entraram na moda alimentar. E parece que não sairão, pela simplicidade de plantio, colheita e transformação em alimentos saudáveis e de gosto refinado. Mas há outro elemento que está ocupando ainda mais espaço nos supermercados dos EUA e da Europa: os potes contendo insetos comestíveis.
Hambúrguer vegetal e de carne de laboratório.
Eles já estão em praticamente todos os supermercados. São tão apetitosos quanto os de carne de vaca. São os hambúrgueres de vegetais. Ainda ocupam uma pequena fatia desse enorme mercado, mas estão convictos que tomarão parte substancial da venda mundial de hambúrguer. Com dificuldades, seus congêneres de carne feita em laboratório, necessitam construir biogeradores em grande quantidade e de melhor performance. Ainda que atrasados, são a maior aposta das mais ricas empresas do Vale do Silício, como Google e Microsoft.
Vem aí a "Agrogenômica".
Imagine um milho com cara e gosto de milho, mas que não tem um só elemento químico do milho atual. Um milho totalmente construído por genes diferentes dos atuais. Ele suporta a seca melhor. É imune a uma grande quantidade de insetos e parasitas. Pode ser mais doce. Também pode ser muito maior. Um milho plantado de acordo com as necessidades de cada produtor ou consumidor. Ele já está saindo dos laboratórios em profusão. A palavra daquele que deseja estar nas fileiras do futuro do milho é só uma: agrogenômica. Vale para a soja e todos os demais vegetais. Também estão construindo novos alimentos, como o arroz dourado, com alta carga de betacaroteno ou a cenoura com cálcio. Patinam um pouco no reino das vacas.
Imprima e coma.
Em 2006, a NASA começou a pesquisar os alimentos impressos. O objetivo era tornar a vida dos astronautas mais agradável. A cozinha em 3D aportará não só alimentos mais agradáveis como também mais saudáveis. Permitirá uma enorme mistura de ingredientes impensável atualmente. Com essa técnica, você desconstruirá alimentos existentes, criando novos. As pesquisas estão mostrando que as crianças serão as privilegiadas. Pegam uma cenoura, colocam em uma impressora e sai um pequeno dinossauro, com a cor que a criança desejar.