Qual Ulisses você escolhe? O Brasil deve a Ulisses o retorno à democracia
Qual Ulisses você escolhe? Qual lei é válida? "A dimensão da praça pública é maior que a urna".
O Brasil deve a Ulisses Guimarães o retorno à democracia. Foi o único caso de nossa história em que a oposição comandou uma mudança sem sangue e sem revanchismo. O "Senhor Diretas" como era chamado foi tragado pelo carisma de FHC, Lula, Brizola e Collor. Ulisses era um raro político honesto, líder, sábio, mas um completo "sem carisma". Com oratória de tribuno, o velho líder exortou Collor a renunciar: "A dimensão da praça pública é maior que a urna". O solo onde Collor pisava tremeu...Ulisses acaba de ser citado por FHC na nota em que dirigiu o mesmo apelo à presidente Dilma - o chão não alcançou nenhum abalo sísmico como o ex-presidente esperava. Buscou a mimetização e não acertou o alvo.
Todavia, há outra frase de Ulisses que FHC esqueceu: "Impeachment não é Melhoral, que "é melhor e não faz mal". Ulisses não embarcou no navio do impeachment no primeiro momento. As denúncias ainda não haviam atingido o cerne da crise, Collor ainda não havia sido alvejado por seu irmão e pelo mais famoso caseiro da história da humanidade. Esse é o Ulisses do "Impeachment não é Melhoral". Não é e não pode ser nunca. Campo Grande acaba de referendar Ulisses do Melhoral. Usaram arsênico e nitroglicerina para resolver uma má administração e... envenenaram o ambiente.
Mas há um outro Ulisses após o irmão de Collor aparecer nas páginas da revista Veja denunciando suas falcatruas. É esse Ulisses que comanda a nação com "A dimensão da praça pública é maior que a urna". Ulisses articulou incessantemente, passou por cima do então poderoso chefão do PMDB, Orestes Quércia e, principalmente por cima de Antônio Carlos Magalhães, que não aceitava a derrocada de Collor. Ulisses emparedou ACM em um encontro em Manaus com outra frase lapidar "O fato é a maior autoridade da política". Antes mesmo do Congresso, naquele momento, Collor estava impedido de continuar seus desmandos.
O poder sempre escapou das mãos de Ulisses. Ele se preparava para ser primeiro-ministro em uma eventual mudança de regime para o parlamentarismo na queda de Collor. Na volta de uma viagem a Angra dos Reis, em que comemorou seu aniversário de 76 anos, o helicóptero em que viajava caiu no mar. Seu corpo nunca foi encontrado. Até o presente momento Dilma não recebeu a acusação de um "irmão" mas, principalmente, Dilma não tem um Ulisses para enfrentar. Há outra mudança essencial: Brasília está mais aferrada às nossas leis.
A Queda do Muro de Ouro erguido pela Europa. Tempo de caos social em pleno século XXI.
Somente no mês de julho mais de 30.000 pessoas teriam perdido a vida tentando atravessar o Mediterrâneo para fugir das guerras e da fome. O Muro de Ouro erguido pelas autoridades europeias para impedir o fluxo descontrolado de refugiados está caindo em quase todos os países. Bloqueiam a entrada dos fugitivos da África e Oriente Médio na Inglaterra e eles se deslocam para a França. Bloqueiam na Grécia e eles entram pela Macedônia. Segundo a Organização Internacional de Migrações 117.000 refugiados estão tentando entrar na Europa neste momento. As cenas dramáticas são uma vergonha para os europeus. Essa crise está destruindo um dos pilares do conceito de humanismo, de civilização: a livre circulação de pessoas.
Só houve uma tentativa de conter o fluxo de refugiados e a queda do muro europeu. Entre o final de abril e início de maio foi realizada uma reunião de cúpula extraordinária dos governantes europeus de onde saiu um "arremedo" de medidas que receberam o nome de Plano Triton. Diferentes medidas visavam gerenciar o controle de fronteiras (a manutenção do Muro de Ouro), os resgates no Mediterrâneo e a distribuição dos 40.000 refugiados daquela época mediante quotas para cada país em dois anos. O Plano Triton foi destruído pela não aceitação das quotas por vários países e pelo aumento incalculável de refugiados batendo às portas de uma vida sem guerra e sem fome. A Europa não deveria esquecer que foi a responsável por uma onda de refugiados similar a deste momento na época da Segunda Guerra Mundial. De seu território saíram milhões de pessoas para as Américas, África, Ásia e Oriente Médio. Todos os países receberam os povos europeus com dignidade (inclusive 100.000 membros da odiada tropa SS nazista foram recebidos pela Argentina, Estados Unidos, Egito, Sudão e África do Sul).
Fim da Segunda Guerra Mundial: dos campos de acolhimento europeus para o mundo.
Ao contrário do que muitos pensam o fim da Segunda Guerra Mundial não foi feito apenas de festas comemorativas pela vitória dos aliados. Milhões de pessoas foram libertadas, porém, o que parecia ser o fim de um pesadelo, deu início a outro problema: o que fazer com aquelas pessoas? Poucos conseguiram retornar para suas casas, outros foram alojados nos campos de acolhimento e tantos outros, em um número jamais contabilizado, imigraram para outros continentes.
Os campos de refugiados ou de acolhimento, em que essas "pessoas deslocadas" encontravam-se ficavam, em sua maioria, na Alemanha, Áustria e no norte da Itália. Em parte, se assemelhavam aos campos de concentração nazista, ou porque foram campos de concentração efetivamente ou porque eram locais de treinamento militar nazista. Muitos acreditavam que a situação fosse provisória, até que seu país de origem reunisse condições de realizar uma ação logística para o retorno. No entanto, o provisório, para muitos, foi se tornando permanente, dia após dia, dos campos não saiam.
Organizações internacionais como a UNRRA (em português - Administração de Socorro e Reabilitação das Nações Unidas) e, posteriormente, a OIR (Organização Internacional para Refugiados) conseguiram realizar convênios com países receptores de imigrantes.
Apesar da já existente burocracia e das leis rígidas para o acolhimento, acredita-se que o Brasil tenha recebido em torno de 100 mil europeus oriundos desses campos de acolhimento do pós-guerra. A maioria deles foram parar nos Estados Unidos, Canadá, Argentina e Austrália. A ideia inicial do governo brasileiro era a de levar esse enorme contingente de imigrantes para o Estado de Goiás pelo fato de ter 60% de terras devolutas do governo federal, que poderiam ser ocupadas imediatamente. Devido à falta de estradas em Goiás, eles foram parar no Sudeste e no Sul do país.
Alface sideral é deliciosa.
Pela primeira vez na história, os astronautas comeram alface cultivada no espaço. Como nos filmes de ficção científica, os membros da "Expedition 44" que estão na Estação Espacial Internacional, provaram pela primeira vez uma colheita cultivada na microgravidade; colheram um lote de alface romana vermelha e disseram que ela é "cosmicamente deliciosa". Este será, provavelmente, considerado o festival de colheita mais científico que os humanos já viram. Os astronautas limparam cuidadosamente a verdura com lenços contendo ácido cítrico. Dividiram o lote de alface em dois: uma metade foi comida e a outra foi empacotada, congelada e enviada para a Terra onde está sendo analisada. As sementes de alface foram plantadas em 8 de julho e levaram 33 dias para serem colhidas. Foram cultivadas em um banco com lâmpadas LED vermelhas e azuis, os dois espectros mais importantes da luz no processo de fotossíntese. A luz verde, por sua vez, é quase inútil, mas mesmo no espaço, a estética dos alimentos também é importante e por isso, os astronautas decidiram adicionar luz verde à mistura. A alface colhida não encheu a barriga de nenhum astronauta, mas o significado do evento vai muito além, é um passo fundamental para o futuro sistema alimentar renovável que teremos de criar quando embarcarmos em missões e construirmos bases humanas em Marte.
Passagens aéreas internacionais: preço reduziu e vendeu.
A redução média de mais de 5% no preço das passagens aéreas internacionais surtiu efeito; as vendas continuaram a subir em junho. Um aumento de 11% nas vendas para um total de 550 mil embarcados. Esse foi o maior número de passageiros transportados nos últimos dez anos. A Europa foi o principal destino.