Quantas viaturas policiais são necessárias na Capital?
A conta da distribuição de viaturas policiais minimamente necessárias para Campo Grande é conhecida. Apenas para atender as chamadas telefônicas de socorro, são necessários 72 carros em bom estado de funcionamento. A distribuição segue o modelo de organização da cidade preconizado pela Prefeitura há dezenas de anos.
Campo Grande é dividida em 7 regiões - Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo - e dois distritos - Anhanduí e Rochedinho. A polícia diz necessitar de, pelo menos, 4 veículos para cada região e distrito.
Totalizaria: 36 carros. Todavia, para um planejamento mínimo, há de se considerar que uma viatura pode ter sido deslocada para atender uma chamada e levaria uma média de 1 hora para sair do ponto para atender a chamada e retornar ao ponto de origem. Assim, haveria a necessidade de dois automóveis para cada ponto, totalizando 72 viaturas em prontidão.
Para cada viatura, há a necessidade de dois policiais, serão, portanto, 144 pessoas trabalhando com os atendimentos ininterruptamente. Mas, cada policial atende a uma organização de carga de trabalho - 12 x 36 horas - o que faz dobrar o número de policiais disponíveis para os socorros. Seriam necessários 288 policiais para esse trabalho.
As informações dos policiais são consoantes que, em Campo Grande, existiam tão somente 6 viaturas para o atendimento dos chamados de socorro no ano de 2015 e que, em 2016, passaram a 20 viaturas. É aconselhável que os policiais se tornem mágicos.
Os grandes bancos internacionais só emprestam com garantias em dólares.
Acabou o crédito. Acabou a confiança. A agência financeira Bloomberg acaba de noticiar que a maioria dos bancos internacionais está negando empréstimos a bancos ou empresas brasileiras e, os poucos que restam, só o fazem com garantias em dólares.
Este ano nenhuma empresa brasileira, de acordo com a Bloomberg, recebeu um só tostão dos bancos internacionais, e compara com os US$ 12 bilhões em empréstimos que foram recebidos pelos brasileiros no ano passado. Outra informação da Bloomberg é que no ano passado existiam 45 bancos internacionais dispostos a emprestar a brasileiros, em 2016, só restam 20, mas com garantias em dólares.
A democracia que falta nos países árabes.
Para além da questão religiosa, há o forte domínio do universo tribal. Os laços familiares são determinantes no mundo árabe para a ascensão ao poder. Esse formato de poder vara milhares de anos, e alguns são tão remotos que remontam à época de Dario, o Grande, rei da Pérsia.
Mas, há algo que passa desapercebido para muitos - todas as ditaduras de países mulçumanos - não só árabes - usam a ocupação israelense de Jerusalém e dos territórios palestinos como justificativa para sua perpetuação no poder. Esse conceito é denominado de "fitna" - intriga - segundo o qual os mulçumanos não devem criar divisões entre si, elas enfraqueceriam os países mulçumanos perante os inimigos judeus.
Assim, a bandeira eternamente desfraldada de luta contra os judeus, tem funcionado tão bem como vacina contra qualquer oposição nas ditaduras mulçumanas. Todos unidos contra o inimigo comum, os judeus que ocupam a Cidade Sagrada - "Al-Quds", como Jerusalém é chamada em árabe. É preciso vencer esse tabu. Caso contrário, os Estados Islâmicos de plantão continuarão dominando o cenário mundial.
O cavalo de Nietzsche e o ceticismo.
Para governar, é imperativa a necessidade de consenso em torno de normas. Alguns optam pelo uso da força, sem se incomodar com o consenso, com a convergência em torno de normas desejáveis e compartilhadas por todos. Mas eles não têm legitimidade. Nietzsche duvidava que a sociedade pudesse gerar consensos suficientes. Faltava às sociedades, de acordo com ele, um mecanismo confiável para impor restrições normativas aos excessos de poder do Executivo, Legislativo e Judiciário. Todavia, Nietzsche não queria abrir mão do poder político estável e nem de uma fonte normativa de poder que fosse independente do poder estável. Complicado? Nietzsche queria ter um Executivo forte e o Legislativo e Judiciário tão fortes quanto o primeiro. Mas não via como essa antiquíssima ideia pudesse ser efetivada. Não são compatíveis. Daí seu ceticismo político. Esse ceticismo começa em sua infância.
Em um dia de janeiro de 1889, Friedrich Nietzsche, passeava com seus pais em uma avenida de Turim. Ali perto um condutor de carruagem tinha problemas com um cavalo teimoso, que se recusava a sair do lugar. O chicote cortava as costas do cavalo. Nietzsche intercedeu pelo cavalo em uma época que o respeito aos animais era inexistente. Jogando os braços em torno do pescoço do cavalo, soluçou. Levado para casa, Nietzsche permaneceu imóvel e em silêncio por dois dias. Depois murmurou: " Mãe, eu sou estúpido". E, considerado demente, passou os dez anos seguintes aos cuidados de sua mãe e irmãs. Pouco sabemos do que aconteceu com o cavalo e com o condutor. Viviam isolados em uma área inóspita da cidade. Pobres, cavalo e condutor. O cavalo parou de comer. O ceticismo do cavalo é tão avassalador quanto o de Nietzsche. Mas, somos gente comum, querendo apenas recuperar a esperança e um destino melhor para o país. Ou não?