Quantos anos tem o bicho de estimação em anos de cão?
"Quantos anos você acha que meu cachorro está em anos de cachorro?" Essa é uma pergunta frequente aos veterinários. As pessoas adoram antropomorfizar os animais de estimação, atribuindo-lhes características humanas. E a maioria de nós quer prolongar a vida saudável de seus amigos animais de estimação. A pergunta pode parecer boba, mas determinar a idade "real" de um animal de estimação é importante para o veterinário recomendar cuidados médicos específicos para os pets em diferentes fases de suas vidas.
Há um velho mito de que um ano de um humano é igual a sete dos animais de estimação, mas ha um pouco de lógica por trás dessa generalização. A ciência observou que, com a saúde ideal, um cão de tamanho médio viveria, em média, um sétimo do tempo de vida de seu dono. E assim nasceram os tais um ano humano equivale a sete dos pets.
Nem todo cão é de tamanho médio. Cães e gatos envelhecem de forma diferente, não só das pessoas, mas também, uns dos outros, parcialmente baseados em características e tamanho das raças. Animais maiores tendem a ter menos tempo de vida que os menores. Pensem em um chihuahua versus um dinamarquês. O primeiro tende a viver muito mais. Para gatos, as diferenças não são muito acentuadas.
Os veterinários agora são capazes de oferecer cuidados médicos muito superiores aos adotados há dez anos. Então, passaram a usar uma metodologia bem mais eficiente para determinar a idade do cão em anos de cão.
Com base nas diretrizes dos "Estágios Caninos" da American Animal Hospital Association, os veterinários passaram a dividir os cães em seis categorias: filhote, júnior, adulto, maduro, sênior e geriátrico. Estágios de vida são uma maneira mais prática de oferecer cuidados veterinários do que contar com números. Veja o quadro dos estágios de vida caninos:
Mas essa tabela não responde à indagação da expectativa de vida média dos cães em conformidade com seu tamanho. A média da expectativa de vida está expressa no gráfico que também é da American Animal Hospital Association:
A roupa do astronauta e a vitória do cachorrinho manco.
Quando Armstrong e Aldrin caminharam na superfície lunar no julho de 1969, usavam a roupa tecnologicamente mais avançada da história. A AL7 ("A" de Apolo, "L" de látex e "7" o número do projeto) foi confeccionada à base de 21 camadas de tecidos superpostos, costuradas ponto a ponto por costureiras especialistas em lingerie feminina. Essa roupa foi confeccionada por uma pequena empresa que produzia revestimento de fraldas para bebês e gorros de látex para nadadores. "Playtex" era seu nome, "play" de jogar e "tex" de látex.
Em plena corrida espacial, a NASA transformou em competição nacional quem apresentasse a melhor proposta de roupa espacial. Todos tinham certeza que as grandes indústrias armamentistas e habituais fornecedoras para a NASA venceriam o certame.
A equipe de Playtex era formada por senhoras costureiras do Estado de Delaware e por engenheiros que desenhavam cintas. Todos, dirigidos por um homem que havia sido mecânico de automóveis e diretor de vendas de uma empresa de consertos de televisores. Imaginá-los competindo com a ultra-bilionária empresa armamentista desperta uma espécie de simpatia e compaixão imediata. A mesma com que olhamos um cachorrinho manco que todos sabem que perderá a corrida.
Durante seis semanas, trabalharam 24 horas por dia no desenho do modelo que levariam para a competição proposta pela NASA. A gigante empresa dos foguetes não teve outro remédio senão aceitar a inscrição. Mas deixaram bem claro que se a Playtex vencesse, teria de aceitar trabalhar sob a tutela da Hamilton Standard, uma grande empresa que também concorria para confeccionar os trajes espaciais. A NASA não confiava na Playtex.
O protótipo da Playtex baseado na leveza dos materiais e no trabalho artesanal superou amplamente seus competidores. Mas, o que em princípio seria apenas uma supervisão feita pela Hamilton Standard, se transformou no inimigo colocado dentro de casa. Boicotaram a Playtex e, ao mesmo tempo, apresentaram outro projeto à NASA, mas fracassaram. Fracassada a grande, perita em despistes militares, também fizeram com que a pequena Playtex também fracassasse. A Playtex acabou expulsa do projeto.
As epopeias necessitam de momentos como esse, onde tudo parece perdido. A NASA continuava necessitando de um projeto de traje espacial, nenhum conseguia resolver minimamente suas necessidades. Passados três anos sem roupa alguma, resolveu fazer sua própria "Fashion Week" para resolver a roupa mais importante do século XX. Convidam a todos para apresentar novos projetos. Uma dezena de antigos funcionários da Playtex se unem e apresentam um projeto.
Só há uma coisa melhor que vencer todos seus inimigos - vencê-los duas vezes. Com o projeto, deixaram claro que não havia sido um golpe de sorte o traje que apresentaram pela primeira vez. Enquanto isso... seus antigos competidores tiveram problemas sérios. Um deles, explodiu. O outro, tinha ombros tão largos que impediriam os astronautas saírem da espaçonave. Nem sempre o cachorrinho manco perde a prova.
Pesquisa: autofagia genética aumenta em 10% o tempo de vida.
A Universidade do Texas acaba de conseguir um feito histórico: conseguiu aumentar em 10% o tempo de vida de ratos. E com mais saúde. Só 13% sofreu algum tipo de câncer, frente aos 32% habituais. A chave é a autofagia, o sistema de reciclagem da célula. Uma célula destrói substâncias nocivas e aproveita seus componentes. Essa maquinaria celular serve como controle de qualidade para eliminar moléculas defeituosas que surgem de maneira natural com o envelhecimento. E a célula também emprega a autofagia para destruir vírus e micróbios invasores.
Os cientistas introduziram nos ratos uma única mutação genética que provoca uma ínfima mudança em uma proteína essencial para a autofagia, a "Beclina 1". A mudança é insignificante, mas suficiente para impedir que a proteína se una a outra, a "BCL2", que entorpece o processo. Como resultado, há um aumento elevado na reciclagem de todas as células do corpo. "Uma maneira efetiva e segura de fomentar a esperança de vida com saúde dos mamíferos", afirmam os pesquisadores na revista científica Nature. Agora, buscarão por um medicamento que possa garantir o aumento do tempo de vida.