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Em Pauta

Santos X Botafogo, um clássico que perdeu força

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/01/2016 08:11
Santos X Botafogo, um clássico que perdeu força

Nos anos 60, do século passado, o maior clássico do futebol nacional era o embate entre o Santos, comandado por Pelé, contra o Botafogo, liderado por Garrincha. Pelé, mais do que um grande jogador, representava a figura do trabalhador, determinado e vencedor. Um estereótipo perfeito da São Paulo laboriosa, que não parava de crescer. Garrincha era o malabarista, o representante da malandragem e da boêmia do carioca. Um era o modelo que a rápida e disciplinada industrialização paulista soube usar. Outro, o paradigma da diversão, da boa vida, que as praias e favelas do Rio de Janeiro engendraram como seu estado de espírito. O Mato Grosso do Sul viveu, nos últimos anos, o embate desses dois modelos: o santista André Puccinelli em constante disputa contra o botafoguense Zeca do PT. Nada mais metafórico que o casamento do futebol com a política. André foi o líder de uma vasta região do Mato Grosso do Sul que teve uma industrialização acelerada, devidamente acompanhada pela agricultura. Ele era o modelo dessa visão de mundo, nascida no seio da indústria e da agricultura de ponta. André foi buscar nos melhores exemplos da administração privada, da indústria e da agricultura, o modelo de seu cotidiano operativo. Zeca carregava a ideologia dos povos que habitam as proximidades do Rio Paraguai. A mescla de algum trabalho com intensa diversão. Seu primado administrativo estava embasado em sua cultura pantaneira, com poucas preocupações de bons resultados. A busca de uma vida de prazeres antigos e o pastoreio do gado. Um estilo de vida dos anos 60. O Brasil era Santos X Botafogo. Mato Grosso do Sul, 40 anos depois, foi buscar o que havia de melhor nesses dois polos tão representativos do país. Mas as ideias e as condições não são fechadas e estanques. Assim como o estado de São Paulo e o seu Santos carregavam algumas características do Rio de Janeiro - Botafogo, o inverso também ocorria. André e Zeca, ainda que discursassem, nunca governaram apenas para seus mundos respectivos. Havia um pouco do "andrezismo" na administração "zequista". Zeca tentava entender como realizar uma administração de bons resultados. Nunca o conseguiu. André procurou melhorar a vida dos favelados e indígenas. Obteve resultados modestos. Uma nova economia foi montada no estado. A indústria alargou os horizontes de todos, tornou-se o modelo almejado. Mas a agricultura também passou por uma intensa transformação. Uniu-se com a indústria. As novas tecnologias trouxeram novos entendimentos administrativos. O embate entre o Santos de André contra o Botafogo de Zeca foi amortecido, perdeu força com a terceira via representada pelo agricultor Azambuja. Os dirigentes da agricultura não apenas souberam avançar para além do grande setor industrial, que se instalou no Mato Grosso do Sul nos últimos 8 anos; conquistaram o poder. Não veremos novos choques entre o Santos e o Botafogo. O time santista ainda conta com alguma força, pertence e representa a indústria e a agricultura. Todavia, o time carioca sonha apenas em permanecer na primeira divisão, vive de recordações.

Santos X Botafogo, um clássico que perdeu força
Santos X Botafogo, um clássico que perdeu força

Lilith, a primeira feminista da história.

Onde foi parar a primeira mulher que o planeta Terra conheceu? Essa é a pergunta que muitos estudiosos da Bíblia e da Torá (a "bíblia" do judaísmo) fazem. No primeiro capítulo do Gênesis - que compõe tanto a Bíblia como a Torá - Deus teria criado "homem e mulher à sua imagem e semelhança". No segundo capítulo somente Adão é mencionado. Onde foi parar a mulher do primeiro capítulo? Em seguida criada e, no terceiro capítulo, ela recebe o nome. Essa inconsistência sugere que parte do Gênesis foi editado ou removido. Lilith, a primeira mulher, já estava lá e depois sumiu. O registro mais antigo de Lilith está nas gravuras dos amuletos de Arslan Tash (sítio arqueológico na Síria). São relíquias que datam do século 7 a.C..

Lilith, segundo o Talmud (livro essencial do judaísmo), foi criada a partir da poeira, junto com Adão. Mas ela negou-se a deitar sob ele na hora do sexo por não se sentir inferior e, em protesto, abandonou o Éden. Lilith rebelou-se contra a superioridade masculina de Adão. O igualitarismo feminista de Lilith é um problema sério para o catolicismo e judaísmo em seus nascedouros, ambas são religiões patriarcais. Essa teoria é reforçada em certas edições da Bíblia - como a King James. Nelas, Adão diz: "Esta, sim, é osso de meus ossos", referindo-se a Eva e, obviamente, negando outra mulher que antecedia Eva.

Santos X Botafogo, um clássico que perdeu força
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Ano novo, emagrecimento novo.

Lista de desejos de ano novo quase sempre é encabeçada por emagrecimento. Não é para menos: 1,3 bilhão de adultos e 4 milhões de crianças com menos de cinco anos são obesos. A obesidade tornou-se uma "epidemia" global.
A maior esperança para os obesos em 2016 está na possível aprovação pelos órgãos de controle dos Estados Unidos da denominada "pílula da comida imaginária". Essa pílula é fruto de estudos do Laboratório de Expressão Genética, na Califórnia (EUA). Ela é composta pela fexaramina que estimula o gasto de energia e a queima de gordura sem esforço. Atualmente, a única forma de queimar calorias é praticando atividades físicas. Na prática, a fexaramina estimula a produção de substâncias no intestino, alterando a composição dos ácidos biliares e, por conta desse mecanismo, desencadeia consequências metabólicas favoráveis ao organismo, como a redução de peso. É a conquista do paraíso para os obesos que se sentirão saciados por uma comida imaginária e emagrecerão sem drama e sem esforço algum.
Nos Estados Unidos há outra pesquisa em estágio ainda mais avançado que a pílula da comida imaginária. A Universidade de Vanderbilt desenhou uma bactéria intestinal capaz de agir como supressora do apetite. Ela libera um tipo de gordura que gera a sensação de saciedade alimentar. As primeiras fases do estudo em humanos obtiveram sucesso.

A última novidade no campo do emagrecimento sem esforço vem de Madri. O Centro Espanhol de Pesquisas Oncológicas está testando, em animais, um comprimido que promove perda de peso sem alterar nenhum outro processo no metabolismo. A descoberta foi por acaso. Os cientistas estudavam alguns supressores tumorais que protegem contra o câncer e um deles, denominado PTEN, regula a enzima P13K, uma das responsáveis pelo emagrecimento. A regulação dessa enzima consegue uma redução de 20% do peso nos primeiros cinquenta dias. As pesquisas iniciais mostram que esse supressor só emagrece pessoas obesas, não tem efeito colateral e pode ser administrada em longo prazo.

Santos X Botafogo, um clássico que perdeu força
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Máquinas que transformam esgoto em água potável serão vendidas em 2016.

A falta de água que afetou São Paulo, o Nordeste brasileiro, a Califórnia dos EUA, a Jordânia, além de outras várias regiões do mundo em 2015 tende a se agravar. Até 2025, segundo a ONU, dois terços dos habitantes do planeta viverão em áreas de estresse hídrico e 2,8 bilhões enfrentarão escassez de água potável. No início de 2015, Bill Gates encheu um copo de água que tinha acabado de sair do esgoto e bebeu. Ele mostrava o sucesso de uma de suas máquinas - a que transforma dejetos líquidos em água potável. Os protótipos levaram um ano para virar máquinas em escala industrial, que começarão a ser vendidas em 2016. Pode ser um passo definitivo para resolvermos esse grave problema.

Santos X Botafogo, um clássico que perdeu força
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A cor da pele e o voto nos Estados Unidos.

No passado, os republicanos foram os grandes responsáveis pelas políticas abolicionistas e de quebra do apartheid nos Estados Unidos. O relógio da história deu a volta e os republicanos tornaram-se os fiéis depositários dos votos dos brancos nos Estados Unidos. Em 1980, o republicano Ronald Reagan teve 56% dos votos dos eleitores brancos e foi eleito por maioria esmagadora. Em 2012, Mitt Romney obteve 59% dos votos de brancos e perdeu feio para Barack Obama.

Se na época de Reagan nove em cada dez eleitores eram brancos, agora, mais de 30% do eleitorado é formado por negros, hispânicos e asiáticos, mais simpáticos aos democratas nas últimas eleições. Pelo critério da cor da pele, Hillary Clinton, candidata representante dos democratas, deverá ganhar. Ainda mais se considerarmos que o provável candidato dos republicanos será Donald Trump, que deseja expulsar os hispânicos e proibir a entrada de mulçumanos nos EUA.

Todavia, uma eleição nunca é tão simples. Muitos eleitores não-brancos do Kentucky, Maine e West Virginia vem, eleição após eleição, diminuindo o comparecimento às urnas. Somente os negros, exclusivamente para votar em Obama, aumentaram o comparecimento aos locais de votação, 66% comparado com a média histórica de 60%. É claro que garantiram a vitória de Obama com 93% de seus votos. Todas as demais candidaturas democratas não conseguiram repetir a façanha de Obama. Os não-brancos norte-americanos votarão, efetivamente, em Hillary ou ela tem apenas um bom potencial de votos?

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