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Em Pauta

Tião será bem votado nas eleições em Campo Grande?

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/05/2016 08:08
Tião será bem votado nas eleições em Campo Grande?

Macaco Tião é um chimpanzé político. Tem dupla nacionalidade, é um banano-brasileiro. Há informações de que ele foi presidente da República das Bananas. Aos 15 anos, Tião começou a se interessar por política. Filiou-se ao Partido Macaquista, aquele onde filiam-se todos os puxa-sacos dos que estão no poder. Tião, pouco a pouco, dominou o cenário político do Zoológico do Rio de Janeiro. O candidato conseguia facilmente apoio político através de confraternizações com muita cerveja e tequila. Seus opositores descreviam seus exageros na conquista das macaquinhas, dizem que era uma sátiro ( o ninfomaníaco masculino).

Em uma eleição no Rio de Janeiro, Tião recebeu 9,5% dos votos, terminando em terceiro lugar. O macaco tinha "showmício" e apresentou propostas de campanha. Foi descrito pela revista "Veja" como "símbolo nacional da decepção e do embuste que envolvem os políticos do país". Tião também foi tema de um filme e chegou a ser citado no "Guinness" como o símio mais votado do planeta. Chegou a ter sua candidatura contestada na justiça. O pedido foi indeferido. As informações garantem que Tião concorrerá ao pleito municipal em Campo Grande. Será bem votado?

Tião será bem votado nas eleições em Campo Grande?
Tião será bem votado nas eleições em Campo Grande?

A quase atualidade do Quaresma.

Quaresma nasceu em 13 de maio de 1881. Mulato, era filho de uma escrava liberta e de um tipógrafo. Viu o fim da escravidão ainda criança. Também viu o Congresso ser fechado por Deodoro da Fonseca, bem como o contragolpe dado por Floriano Peixoto. Muitos entendem que Quaresma é o Quixote brasileiro. Há muitas semelhanças.

Quaresma nos deixa a sensação de que (quase) não saímos do lugar. Somos (um pouco) menos racistas. (um tantinho) menos machistas. (um pouquinho) menos militaristas. Mas, ainda somos (bastante) provincianos.

Quaresma teve três fins. No primeiro, Quaresma apresentou ao ministério uma petição para tornar o tupi-guarani nossa língua, já que o português é uma língua "emprestada". Foi conduzido ao hospício. No segundo fim, Quaresma vai viver em um sítio. Decide provar que nossa terra é a mais fértil do mundo e nem precisa de adubo. Termina comido por saúvas. No terceiro fim, torna-se voluntário no exército de Floriano Peixoto. Participa de uma guerra e desilude-se.

Termina preso. Louco, alimento de formiga ou preso. Qual o melhor fim?
Quaresma afirma que provincianismo mesmo é excluir negros e mulatos, educar as mulheres para o casamento, expulsar os pobres de suas casas e confundir política com carreirismo. Triste Fim de Policarpo Quaresma". O 13 de maio só pode ser comemorado no dia 16, atrasado como a parca inserção de negros e mulatos em nossa sociedade.

Tião será bem votado nas eleições em Campo Grande?

O ritual de limpeza do lixo produzido em nosso cérebro.

Para sobreviver, o cérebro precisa descarregar o lixo que produz. O cérebro humano pesa cerca de 1,36 quilos. Em seu funcionamento, são gerados resíduos potencialmente tóxicos de proteínas e restos biológicos equivalente a 1,36 quilos por ano, o próprio peso do cérebro.

Muitos cientistas consideravam inconcebível que um órgão tão finamente afinado para produzir pensamentos e ações não tivesse um sistema de esgoto eficaz. Mas até recentemente o sistema de descarte de lixo do cérebro continuava misterioso. As pesquisas estão mostrando um sistema que é mais ativo durante o sono. A necessidade de remover o lixo cerebral pode, na realidade, ajudar a explicar o mistério do por que dormimos durante um terço de nossas vidas.

Muito já se conhece desse novo sistema de eliminação de resíduos. O resumo é que fluídos saem do cérebro, inicialmente através da área próxima aos vasos sanguíneos e entrando nas pequenas veias. Assim, o cérebro é drenado. Essas veias, por sua vez, se unem a outras maiores, que continuam pelo pescoço. chegam aos vasos linfáticos, a partir dos quais continuam seu trajeto retornando à circulação sanguínea geral. Ali se unem aos resíduos das proteínas de outros órgãos. A etapa final é o processamento pelo fígado e filtragem nos rins.

Todo o processo só foi descoberto à partir de um sintoma que acompanha o Alzheimer e outras doenças degenerativas - o sofrimento com distúrbios do sono. Os distúrbios com o sono precedem o Alzheimer. O sono se torna mais fragmentado, superficial e dura menos tempo (uma característica comum a pessoa mais idosas em geral). Os estudos mostraram que os pacientes que relataram ter um sono pobre na meia-idade tinham maior risco de passar por um declínio cognitivo do que aqueles que tinham um sono ótimo.

Mesmo pessoas saudáveis, que são obrigadas a ficar acordadas, demonstram sintomas mais típicos de doenças neurológicas e males mentais - pouca concentração, lapsos de memória, fadiga e irritabilidade, além de altos e baixos emocionais. A privação profunda do sono pode levar a confusão e a alucinações. As dificuldades de sono estão diretamente ligadas a uma baixa limpeza do cérebro desses restos de proteínas que são entendidos como tóxicos.

Tião será bem votado nas eleições em Campo Grande?

A fuga de cérebros brasileiros.

Eles são jovens, muito bem graduados, potenciais líderes e dominam outros idiomas além do português. Foi-se o tempo em que o Brasil só exportava a mão de obra para a ilegalidade. Essa é, provavelmente, a maior derrota brasileira. Aquela que ninguém fala e nem vê - a fuga dos cérebros brasileiros nos é extremamente cara. Gastamos bilhões de reais para outros países aproveitarem.

Levamos décadas para atingir o potencial de formação técnica registrado atualmente, mas essa pequena vitória está sendo esvaziada. De acordo com o IBGE, em janeiro a taxa de desemprego entre os jovens já era de 18,9%. E, como em toda crise, o cenário exige que eles tomem outro caminho na vida - vão embora. De 2014 a 2015, foi registrado um aumento de 65% no número de profissionais brasileiros enviados por multinacionais para atuar no exterior. E se é uma grave perda a dos brasileiros saírem do país, há ainda o decréscimo de cérebros de estrangeiros que estavam trabalhando no Brasil. Nada menos de 19% de técnicos estrangeiros que atuavam nesse mesmo período foram enviados para fora do Brasil.

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