Tratamento de leucemia tem ótimos resultados, para ricos
Leucemia linfoblástica com péssimo prognóstico? Já têm cura. Segundo o Washington Post, o governo dos Estados Unidos aprovaram uma nova técnica de combate a esse tipo de câncer. Os resultados são tidos como excelentes. Em um ensaio realizado em 12 países, 83% dos doentes que participaram dos testes vira a enfermidade ser remitida. Um anos depois dos testes, 66% deles não tinham sinal algum da doença. A terapia foi desenvolvida pela farmacêutica Novartis e recebeu a denominação de Kymriah. Ótima notícia que vinha sendo aguardada por todos, o problema é o preço absurdo: a injeção única da terapia custará entre US$200.000 e US$500.000. Os protestos nos Estados Unidos pelo valor cobrado estão nas principais manchetes dos jornais. Dificilmente a Novartis continuará abusando desse conhecimento.
Combinação de imunoterapias, novo tratamento de câncer.
O maior congresso de oncologistas da história, que aconteceu em Chicago, debateu as medidas possíveis para levar a combinação de imunoterapias, o mais recente tratamento eficaz, para os mais humildes. Esse tratamento consiste em superar as barreiras que têm o sistema imune para reconhecer as células as cancerosas como uma ameaça para nosso organismo ou de atacá-las e destruí-las quando as reconhece. Esse tratamento é novo e ainda está sendo desenvolvido em muitos centros oncológicos no mundo.
A ideia que vem revolucionando o tratamento dessa doença é fazer com que os nosso linfócitos, células que defendem nosso organismo é que estão no sangue, se aproximem das células malignas ou quando estão próximas das células "loucas tumorais", as ataquem.
Durante o congresso foram apresentados algumas opções de medicamentos que cumprem esse papel de pegar os linfócitos e os levarem até as cancerosas e ainda, de propiciar que esses linfócitos superem o sistema de defesa das células tumorais. Os estudiosos entendem que o câncer, por ser uma doença genética, é pessoal, exige tratamento personalizado com combinações de medicamentos imunoterápicos. Só um medicamento não basta, há a necessidade de uma ampla gama desses novos remédios. Isso faz com que o tratamento com imunoterapia seja caro, muito caro. Hoje, só ricos têm acesso a eles, raras pessoas humildes conseguem receber essa benesse.
Leucemia, diabetes e obesidade serão tratados pela terapia genética.
Depois de vinte anos de pesquisas, as terapias genéticas começam a se tornar realidade no mundo da medicina. A técnica CRISPR, cortar e colar genes de nosso corpo, começa a surtir resultados práticos.
Em setembro, nos Estados Unidos, começarão o tratamento comercial dirigido a pacientes com leucemia que têm mal prognóstico. Serão retirados linfócitos do próprio paciente, levamos aos laboratórios da Novartis, a empresa que comercializará o tratamento, modificá-los geneticamente para que sejam capazes de atacar as células cancerígenas e voltar a injetá-los no paciente. O tratamento está aprovado, após exaustivas provas, pelos órgãos governamentais norte-americanos. Mas não se trata apenas de leucemia. Há centenas de outras pesquisas com a técnica CRISPR, desde a cura de doenças humanas até a modificação de vegetais para viver em ambientes inóspitos.
Há poucos dias, a conceituada revista científica Cell Stem Cell publicou um novo avanço dessas terapias gênicas. Cientistas da Universidade de Chicago criaram enxertos de pele que produzem hormônios capazes de regular o nível hormonal no sangue. Em outras palavras, conseguiram resolver o problema da diabetes. Nessa mesma pesquisa, como é comum acontecer, perceberam outro efeito que não imaginavam: a mesma técnica havia limitado o incremento de peso provocado por uma dieta rica em gordura. - resolveram o problema maior da obesidade. Mas, calma. Essa pesquisa de Chicago foi realizada com sucesso em ratos. Ainda levará anos, e muito dinheiro, para chegar a humanos.