Tudo é golpe? A estupidez do PT contra a classe média
O PT saiu muito enfraquecido. Construiu um discurso que não favorece sua modernização. É um partido de velhos esclerosados. Porque se tudo é "golpe" e se "tudo é culpa dos outros", é um discurso que freia qualquer renovação que seria fundamental para o soerguimento desse partido. Teriam de chamar os militantes que lhes restam, os simpatizantes, em cada cidade, e fazer uma reflexão sobre o que seria um país no diapasão petista.
O PT precisa rever suas políticas. Dentre um número imenso de erros, está o do "bolsismo". O governo federal na era petista pagou bolsas para organizar uma montanha de ideias e de projetos, mas não os institucionalizou, nem mesmo cobrou dos bolsistas qualquer retorno. Pior ainda foi a campanha contra a classe média. Foi um dos movimentos mais estúpidos que já vimos. Os governos petistas foram os grandes responsáveis pelo crescimento e melhoria das finanças da classe média e, pasmem, permitiram e a insuflaram contra tudo que cheirasse a petismo. O repúdio foi tão desconcertante que, hoje, não se pode andar com uma camisa vermelha nas ruas das cidades. Mas há algo ainda mais grave no pensamento petista, não podiam imaginar que construiriam uma sociedade sem a classe média.
As mais velhas desejam os mais jovens
Até há pouco, parecia ser uma exceção. Parecia, está virando norma. De acordo com o IBGE, em apenas 10 anos, o número de mulheres que se casou com homens mais jovens cresceu 36%. No mesmo período, a quantidade de mulheres que se casou com homens mais velhos cresceu 25%. A mesma tendência foi verificada pelo IBGE nas uniões que dispensaram o casamento, as denominadas "uniões estáveis".
Os levantamentos indicam que, de modo geral, quanto mais velha for a mulher, maior será seu nível social, cultural e financeiro em relação ao marido ou companheiro mais jovem. Segundo as estatísticas, homens casados com mulheres mais velhas ganham, em média, apenas 25% do que elas faturam - exatamente como se poderia prever. Pode ter alta dosagem de preconceito, mas é importante lembrar para os jovens e as jovens casadoras com mais velhos que, de acordo com a legislação, se um (ou ambos) os cônjuges tiverem mais de 60 anos ao se casarem, o regime de separação de bens não é opcional - é obrigatório.
As duas "pontas descascadas" da Previdência.
Há 20 anos sabíamos que a Previdência entraria em colapso no Brasil. Nada foi feito para que ela se tornasse viável. Estamos a 5 ou 7 anos para que ela se torne insolvente, para que ela não pague seus contribuintes. Hoje, é bastante difícil de ser equacionada porque, dentre outros fatores, tem "duas pontas descascadas", dois fios de alta eletricidade preparados para dar um "blecaute", derrubar a energia humana do país.
O primeiro fio descascado é a Previdência Rural que, em verdade, é uma "Bolsa Família", esculhambada ao máximo, pois existiriam mais aposentados rurais do que o número total de pessoas que vivem no campo. O segundo fio descascado é a previdência do setor público. Não é fácil mexer nesse vespeiro. A resistência imediata viria de pessoas que escrevem nos jornais, arrecadam impostos, julgam e prendem os próprios governantes... uma conflagração que não é imaginável.
As criaturas e seus criadores.
O mundo das criaturas e de seus criadores não é ameno. Sempre surgem complicações quando a criatura proclama a independência do criador. Deus criou Adão e Eva e eles comeram a maçã. Dr.Frankenstein criou um monstro e ele aprontou poucas e boas. Delcídio criou Bernal para se ver só e desacompanhado em seu exílio obrigatório da política. Lula criou Dilma e ela detonou a economia, o bem estar da sociedade e a candidatura de Lula nas eleições de 2018.
Nossos corações costumam bandear para o lado dos que sofrem. É humano sentir compaixão pelos perseguidos. Os políticos sabem disso e alguns, quando lhes convém, fazem uso desse conhecimento, encarnando o papel da vítima para atrair nossa simpatia. Ao deixar o Palácio do Planalto, Dilma falou da própria dor: na prisão, na doença e no sentimento de injustiça. Mas, exceto entre meia dúzia de petistas, ela encontra pouca compaixão, porque deixamos de acreditar no que ela diz. Afinal, vimos como ela foi capaz de mentir sem titubear durante a campanha eleitoral e em seus últimos minutos no poder.
Nesse exíguo espaço de tempo, vimos a mentira estampada em sua fronte quando dissimulou desconhecimento da manobra articulada com o Tiririca do Maranhão para anular a votação na Câmara. Dilma gostaria de posar de revolucionária e vítima de um regime "fascista". Mas a criatura de Lula, rainha do "toma lá, dá cá", tornou-se carta fora do baralho por seus próprios erros. Uma criatura, como tantas outras, que não é condizente com o tamanho do criador.