Um novo medicamento contra picada de cobra

O norte-americano David Baker, vencedor do último premio Nobel de Química, proclama que a humanidade está vivendo uma transformação tão transcendental como foi aprender a manejar os metais no final da Idade da Pedra. ele afirma que a “revolução do desenho das proteínas” também é comparável à Revolução Industrial. Seu laboratório, na Universidade de Washington, acaba de proclamar que conseguiram criar um tratamento experimental contra a picada de cobras.

100.000 mortes por ano.

Esse é um problema esquecido pela indústria farmacêutica e pelos governantes. Segundo os cálculos da Organização Social da Saúde, o envenenamento por mordida de serpentes provoca a morte de 100.000 pessoas anualmente e mais de 300.000 amputações. São dois milhões de pessoas mordidas por serpentes todos os anos. O laboratório de David Baker conseguiu, utilizando Inteligência Artificial, desenhar uma proteína até então desconhecida na natureza, capaz de neutralizar as mortíferas toxinas da picada das cobras.

Patente aberta.

Baker pretende que sua descoberta seja totalmente aberta, assim como é seu laboratório. Não há segredo industrial. Assim, ninguém pagará fortunas para copiar essa nova descoberta. O tratamento que está saindo do laboratório de Washington será baratíssimo, pelo menos é o que ele pretende. Os tratamento atuais empregam uma estratégia tosca, e muitas vezes ineficaz, há mais de um século. Injetam veneno de serpentes em cavalos, extraem seu sangue e obtém os anticorpos específicos gerados pelo sangue do equino. Baker também trabalha com a criação de proteínas para acabar de vez com a gripe e com um tipo de câncer do cérebro, além de 23 outras enfermidades típicas dos países tropicais.

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