Vacinas brasileiras: falta dinheiro e voluntários. Sobra acusação
As duas vacinas brasileiras esperadas são a Butanvac, do governo paulista, e a Versamune, do governo federal. Ambas enfrentam percalços em agosto de 2021, que vão da falta de voluntários para os testes a cortes de verba.
A falta de voluntários para a Butanvac.
Em 23 de abril, o Butantan, que está criando a Butanvac, pediu autorização à Anvisa para começar as duas primeiras fases dos testes clínicos. Com a autorização recebida, começaram os testes em julho. Jovens entre 18 e 30 anos, não vacinados ou que não tiveram a doença, foram chamados em Ribeirão Preto. A primeira fase, relacionada à segurança, está prevista para ser realizada com 400 pessoas. A segunda, relativa à resposta imune, será testada em 5.000 pessoas. O Butantan teve problemas em achar voluntários, todos querem tomar vacina e não placebo. Para solucioná-lo, resolver trocar o placebo pela administração da Coronavac, com a anuência da Anvisa, Mesmo assim, ainda faltam muitos voluntários.
Versamune: corte de verbas e acusação.
O projeto está com aprovação pendente na Anvisa. Receberia R$ 30 milhões na duas primeiras fases (300 voluntários) e R$ 300 milhões na terceira (25 mil voluntários). No dia seguinte do anúncio feito pelo Ministro das Ciências e Tecnologias, o presidente da República vetou R$ 200 milhões do projeto. Além da falta de dinheiro, corre no Tribunal de Contas, um processo contra o professor universitário responsável pelo estudo. Ele teria feito um acordo da faculdade com uma empresa que pertence à sua filha e que já pertenceu a ele. O "sábio", professor Clelio Lopes Silva, também está sendo investigado pela faculdade e poderá ser exonerado e ver aberto um processo criminal.