10 perguntas e respostas sobre Tesouro Direto
Se você é um investidor conservador, mas já deu adeus à poupança, provavelmente deve entender um pouco de Tesouro Direto, uma das opções que os especialistas mais costumam recomendar para quem tem aversão ao risco mas quer ao menos manter o poder de compra, entre outras coisas.
Se você não é conservador, também deve dar aquela olhada nos títulos do Tesouro para a parte da carteira menos arrojada. Ou seja, entender um pouco mais sobre Tesouro Direto é importante para qualquer perfil de investidor. Por isso convidamos o CEO do app Renda Fixa, Francis Wagner, para responder 10 questões comuns e relevantes sobre a modalidade.
1) O investimento em Tesouro Direto é para que tipo de investidor? Apenas para o conservador? Ou é recomendável para todos em diferentes percentuais da carteira?
Os títulos do Tesouro são considerados livres de risco pois possuem a garantia do Tesouro Nacional, mas não por isso somente são recomendados para aqueles mais avessos ao risco. O Tesouro pode oferecer bons ganhos para os investidores que escolherem os títulos de acordo com o seu objetivo financeiro e prazo da aplicação, podendo ajudar na composição da carteira.
Para aqueles que precisam de liquidez e/ou estão montando uma reserva de emergência, independente do perfil, por exemplo, uma boa estratégia seria alocar um percentual da renda no Tesouro Selic.
2) Qual o procedimento inicial para quem quer começar a investir e não tem ideia de como fazer?
O primeiro passo é abrir conta em uma corretora de valores e também estudar sobre as alternativas de investimento. Você não precisa ser um especialista para começar a investir, mas precisa buscar entender alguns conceitos fundamentais. Hoje existem milhares de conteúdos de qualidade na internet e até mesmo o site do Tesouro Direto é bastante completo e informativo e tem diferentes cursos e vídeos para ajudar o investidor iniciante. As pessoas tendem a permanecer no tradicional por falta de informação ou até mesmo por medo de tentar algo novo. A maior parte dos investidores mantém seu dinheiro na poupança, mesmo apresentando os piores rendimentos do mercado, porque ainda é a alternativa mais fácil.
3)Existe investimento mínimo?
O investimento mínimo do tesouro é 1% do preço unitário do título desde que seja respeitado o valor mínimo de R$30.
4)Quais os tipos de títulos oferecidos e as diferenças entre eles?
São basicamente 3 títulos diferentes mais os que pagam cupons semestrais. O Tesouro Selic não possui marcação a mercado e, por isso, você pode resgatar o seu dinheiro a qualquer momento sem correr risco de perder dinheiro, sendo uma boa opção para curto prazo. O Tesouro Prefixado possui uma taxa predeterminada e você já conhece a rentabilidade final do seu investimento na data da compra do título, porém, para ter essa rentabilidade integralmente é preciso respeitar o seu prazo de vencimento. O Tesouro tem o compromisso da recompra dos títulos e você pode vendê-los a qualquer momento, porém, à cotação do dia (marcação a mercado)
O Tesouro IPCA+ é uma boa alternativa para prazos mais longos como a aposentadoria, pois protege o investidor do efeito corrosivo da inflação, porém, também possui marcação a mercado. Tanto o Tesouro Prefixado quanto o Tesouro IPCA+ possuem a opção de títulos com pagamento de juros semestrais que funcionam como um adiantamento da rentabilidade final, assim, todo semestre um valor referente à rentabilidade do título daquele período irá cair na conta do investidor.
5)Como buscar a melhor opção? Como o app Renda fixa pode ajudar?
O investidor pode escolher a melhor alternativa de acordo com o seu objetivo. Se, por exemplo, precisa montar uma reserva de emergência, o Tesouro Selic será uma boa escolha, mas se seus planos forem de médio prazo e ele acredita em uma queda da taxa de juros, o Tesouro Prefixado pode ajudar. No site do Tesouro Direto existe um questionário para orientar os investidores em relação aos títulos, o link é esse: http://www.tesouro.gov.br/tesouro-direto-questionario-perfil-do-investidor
No App Renda Fixa temos a calculadora do Tesouro Direto onde os nossos usuários podem simular e comparar os valores de suas aplicações e também saber o quanto terão caso façam aportes mensais.
6) Um título prefixado pode ser válido em quais situações?
O Tesouro Prefixado pode ser uma boa alternativa caso o investidor aposte em uma queda ou manutenção da taxa de juros para curto ou até médio prazo.
7) Um título Selic ou IPCA pode ser válido em quais situações?
O Tesouro Selic pode ajudar aqueles que precisam de liquidez, ou seja, que não têm uma data certa para seu investimento e não podem ficar com dinheiro travado em uma aplicação com prazo mais longo, ou ainda para aqueles que estão montando sua reserva de emergência. O Tesouro Selic é considerado por muitos a nova poupança pela sua liquidez e segurança. O Tesouro IPCA+ é uma boa alternativa para aqueles que possuem planos com prazos mais distantes, como a aposentadoria, e podem deixar o dinheiro por mais tempo rendendo.
8) É possível vender o título antes do prazo? Como funciona?
Sim, o Tesouro tem o compromisso da recompra e o investidor pode sim vender seus títulos antes do vencimento, porém, a preço de mercado, ou seja, à cotação do dia. Ele precisará solicitar a venda pela plataforma do Tesouro dentro do horário permitido e o prazo será de acordo com o combinado entre o investidor e a instituição financeira (que costuma ser de no máximo um dia útil). Lembrando que o Tesouro Selic não conta com a marcação a mercado, pois é um título 100% pós-fixado.
9) Como funciona a questão de IR e outras taxas? O que o investidor deve considerar?
No Tesouro Direto existem encargos. O investidor paga taxa de custódia para a B3 no valor de 0,25% ao ano sobre o valor aplicado, e essa cobrança é feita em duas parcelas, a metade no primeiro dia útil de janeiro e a outra metade em julho. Tem também cobrança de IOF (Imposto sobre operações financeiras) no primeiro mês e Imposto de Renda na tabela regressiva, ambos somente sobre o lucro e válidos para todos os títulos.
10) Quais recomendações você teria para quem está pensando em aplicar na modalidade e ainda está receoso de tirar o dinheiro da poupança por exemplo?
Primeiro que faça simulações, para isso nós temos a calculadora do Tesouro Direto no App. É importante que o investidor veja o quanto está perdendo na poupança em relação a outras opções tão ou mais seguras quanto. Outra recomendação é que acesse a plataforma do Tesouro para conhecer um pouco mais sobre os títulos. Lá tem bastante informação e pode ser o que fará com que o investidor fique mais aberto e repense sobre novas alternativas de investimento.
Fonte: Redação Dinheirama.com Disclaimer: A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.