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Finanças & Investimentos

Como estar preparado para o desemprego

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 26/06/2015 08:10

Com a perda de quase 300 mil postos de trabalho no ano, até o final de maio, é notório que o mercado de trabalho se encontra em franca desaceleração. O quadro não só não é mais grave, pois as empresas evitam demitir empregados devido aos altos custos trabalhistas e também por causa da falta de mão de obra qualificada.As consequências do desemprego são percebidas mesmo por aqueles que não serão demitidos, pois sentirão os impactos negativos em seus trabalhos e suas vidas pessoais. O tema não é muito agradável e eu preferia não ter que escrever sobre este assunto, porém, é melhor se preparar para a realidade do que fingir que nada está acontecendo.

Reserva de pelo menos seis meses:Em épocas de recessão, o ideal é ter uma reserva que permita ficar sem trabalhar por um ano, mas se o dinheiro durar por seis meses já vai ajudar muito.É difícil saber quanto tempo um desempregado ficará sem trabalhar. O profissional poderá se recolocar em algumas semanas ou levar meses para encontrar uma nova posição.Em novembro de 2014, de acordo com a Pesquisa dos Profissionais Brasileiros da Catho, que traça o panorama sobre a contratação. Demissão e carreira dos profissionais do país, o brasileiro demorava em média 6,1 meses para se recolocar no mercado de trabalho. A mulher leva mais tempo, 6,7 meses. Esse levantamento entrevistou mais de 26 mil profissionais, sendo que 65% estavam empregados e eram de grandes empresas – aquelas com mais de 500 funcionários.

Ajuste o plano financeiro:O plano financeiro serve para orientar as decisões com relação ao dinheiro. Parece óbvio que o plano deva ser seguido após definido, mas por incrível que pareça, o que mais observo são pessoas mudando seus planos com frequência.Talvez, o fato de não se obter resultados rápidos, pois em finanças os retornos são alcançados no médio ou longo prazo, os planos são submetidos a constantes modificações.Todo plano deve ser flexível, todavia, é preciso evitar as tentações de fazer desvios de rotas. Mudar de vez em quando ou fazer ajustes periódicos, tudo bem, mas procure manter a direção sob controle.

O que fazer com os investimentos: Em momento de incertezas é melhor não desafiar o perigo. Mantenha a reserva para emergências aplicada em produtos de baixo risco e alta liquidez, como os títulos do Tesouro.Cuidado com produtos com prazos de vencimentos mais longos ou de alta volatilidade se a situação na empresa onde você trabalha não é das mais tranquilas.Fundos cambiais, de ações e até os fundos multimercado de alto risco podem apresentar variações negativas de curto prazo e a sua preocupação nesse caso é com os próximos meses, assim sendo, reduza essas posições.

Adiar grandes decisões de investimentos:Esse não um bom período para comprar um imóvel ou contrair uma dívida. Os juros estão altos e o futuro ainda é incerto.O medo de perder o emprego, as dificuldades para encontrar uma nova posição e observar outros trabalhadores sendo demitidos são experiências que podem tornar as pessoas mais pessimistas, com menos apetite por risco e mais desconfiadas do mercado financeiro. Desta forma, é recomendado esperar a situação aliviar para fazer bons negócios.Impacto na aposentadoriaA disciplina de investir regularmente é logo impactada quando a economia do país está em deterioração. Por isso é muito importante tirar vantagem nos tempos de bonança seguindo um plano para acumular recursos para o futuro.Se você reduzir as contribuições mensais ou deixar de fazer os aportes regulares a data para se aposentar terá que ser postergada. Para quem ainda nem pensou sobre o assunto, não espere até o próximo ciclo de recessão para começar.

Para finalizar:Quando o desemprego assombra, as pessoas ficam mais estressadas e até passam a trabalhar mais do que antes. No entanto, todo ciclo tem um fim e a situação desconfortável vai passar. Mantenha um plano em curso e utilize dinheiro inteligentemente, pois quando esse período terminar você estará mais fortalecido e suas finanças mais sólidas.Como está sua reserva para emergências? Você conseguiria se manter por seis meses no caso de perder o emprego?Nota: Esta coluna é mantida pela Órama, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.

Fonte: dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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