Dançurbana leva espetáculos a 10 cidades do MS mostrando o mundo bom e belo

Quando espaços culturais fecharam as cortinas em março de 2020, devido à pandemia, o diretor da Cia Dançurbana, Marcos Mattos, já tinha em mãos um projeto magnífico com espetáculos infantis. Se não fosse o caos gerado pelo coronavírus, Campo Grande e diversos outros municípios teriam aplaudido de pé dois trabalhos emocionantes.

Mas agora, em meio a uma retomada de atividades presenciais, a Cia Dançurbana vai emocionar um público de comunidades e escolas públicas de Mato Grosso do Sul com um circuito de espetáculos de dança criados para a infância, além de oficinas que visam sensibilizar e conscientizar os tutores e a sociedade em geral sobre a relevância da arte e da cultura para o desenvolvimento sensível e cognitivo das crianças.

O projeto tem patrocínio da MSGÁS (Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul) e realizado pela Cia Dançurbana, Ministério de Turismo e da Secretaria Especial de Cultura.

Os encontros com as comunidades vão acontecer em dois momentos. O primeiro é com a realização dos espetáculos K-ZUU e R.U.I.A em 10 cidades de Mato Grosso do  Sul: Aquidauana, Bandeirantes, Corumbá, Dourados, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Rochedo, Sidrolândia e Três Lagoas, totalizando 22 apresentações, sendo duas apresentações em cada município.

Em cada cidade também haverá oficina de dança com duração de quatro horas cada para arte educadores e professores de educação infantil.

Em um segundo momento haverá também apresentações dos espetáculos K-ZUU e R.U.I.A em Campo Grande, sendo 10 em escolas públicas/centros de educação infantil e 05 em parceria com a  Casa de Ensaio, totalizando 15 apresentações.

A Cia Daçurbana nunca deixou de realizar suas atividades, mesmo nos últimos dois anos de pandemia. No contexto do isolamento, direção e dançarinos levaram os ensaios para versão on-line. Os ensaios eram feitos em vídeo chamada assim como apresentações, com direito a direção à distância. Cada detalhe pensado para que o público não ficasse isolado da arte em meio ao caos.

Mas estar próximo às pessoas é essencial, por isso, essa retomada é significativa e emocionante para   a companhia.

“É no contato e no coletivo que os contextos são alterados. Retomar isso nesse momento de flexibilização para nós é significativo. Este ano, a Cia Dançurbana faz 20 anos de história e há mais de 15 anos tem trabalhos voltados para essa relação com a comunidade”, explica o direito Marcos Mattos.

Ainda segundo o diretor, essa troca com os educadores torna-se extremamente necessária em tempos onde a conexão com a arte foi tão desafiadora.

 “Essa troca é muito importante porque a gente sabe a dificuldade que é criar essa relação, ou, até mesmo de arte-educadores do interior buscarem ou encontrarem cursos. Nosso desejo é estar com eles, para que cada vez mais crianças recebam atividades artísticas e tenham acesso”.

E partindo da ideia de que o acesso à arte é transformador, os dois espetáculos expressam a ideia de um mundo bom e universo belo na perspectiva das crianças.

O primeiro espetáculo é o K-ZUU, voltado para o público do primeiro setênio (crianças entre 0 a 7 anos). O espetáculo cujo nome faz referência ao instrumento musical kazoo, a onomatopeia que sugere o som de alguns insetos e a imagem do casulo invólucro que protege alguns seres em processos de transformação, se inspira na imagem da metamorfose de uma lagarta para criar um ambientereferenciado pelo próprio ciclo da criança: o desenvolvimento do ser, unidade onde o que é físico, anímico e espiritual se misturam. Nele há a ideia de que o mundo é bom, as pessoas são boas e é bom viver.

Já o espetáculo R.U.I.A. - Realidade Ultrassônica de Invasão Aleatória traz a ideia de que o mundo é belo. Este é voltado para crianças do segundo setênio (crianças entre 7 a 14 anos) onde acontece o desenvolvimento das relações sociais, da memória cronológica, a compreensão da ligação entre  causa-efeito.

O espetáculo recria o recrear e lança mão de estímulos e objetos que são ressignificados e reinventados para propor um ecossistema habitado por criaturas mimológicas,  brincadeiras e jogos da infância. “Direcionado para o universo da escola, das brincadeiras e com a ideia de ampliar imaginação das crianças dentro dela”, destaca o diretor.

Segundo Diretor-presidente da Companhia de Gás, Rui Pires dos Santos, os espetáculos, as oficinas e as mediações artísticas garantem diálogo e conexão das diversas comunidades com a arte.

“A MSGÁS entende que sua missão também é contribuir para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul em sua integralidade, e isso passa por questões importantíssimas como educação, arte e cultura. Esse projeto da Cia Dançurbana nos despertou interesse por entendermos que é uma bela maneira e ótima ferramenta de levar cultura a crianças em diversas regiões do Estado. Educar por meio da arte, abrir um horizonte de oportunidades e conhecimento ao futuro da nossa sociedade”, finaliza.

Para conferir os cronogramas de apresentações e oficinas, basta seguir a Cia Dançurbana no Facebook e Instagram.