ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  14    CAMPO GRANDE 19º

News Saúde

"Estados terão que apresentar ações para zerar filas do SUS", afirma Lula

Programa que busca fim de espera terá aporte de R$ 200 milhões do Ministério da Saúde

Gustavo Bonotto e Léo Rodrigues, da Agência Brasil | 06/02/2023 23:20
Lula e Nísia Trindade durante o lançamento da campanha. (Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil)
Lula e Nísia Trindade durante o lançamento da campanha. (Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançaram hoje (6) um programa para reduzir filas de cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas no SUS (Sistema Único de Saúde).

Para ter acesso aos recursos, cada estado deverá apresentar um plano de ação, que deve fixar as prioridades conforme a realidade local. Nesse primeiro momento, o foco estará na redução das filas de cirurgias eletivas, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas. Posteriormente, o esforço estará voltado para os exames e as consultas de especialistas.

Segundo Nísia Trindade, em alguns locais, já existem políticas de redução das filas com resultados positivos. "Alguns estados têm planejamentos avançados. A situação do Brasil é muito desigual", ponderou a ministra Nísia. Ela explicou ainda que cada plano incluirá metas pactuadas com o Ministério da Saúde.

Em seu discurso, Lula avaliou que o acesso a médicos especialistas é um realidade distante da população mais pobre. "Ele até tem acesso ao centro de saúde para fazer a primeira consulta. Mas quando o médico pede para ele visitar um outro especialista, ele espera oito meses, nove meses, um ano. Às vezes morre sem ter o atendimento", disse o presidente."Nem todo mundo pode pagar um oftalmologista. Parece uma coisa muito distante do pobre", acrescentou.

Lula também fez uma analogia com o Brasil Sorridente, programa criado em 2003 durante o seu primeiro governo. "Eu viajava muito o país e a coisa que mais me deixava triste era ver uma pessoa sem nenhum dente ou faltando quatro, cinco dentes na boca. A pessoa não conseguia mais sorrir sem colocar a mão na boca. Eu achava que era preciso transformar a questão odontológica em uma questão de saúde pública. Era impressionante não ter odontologia nos planos públicos de saúde", pontuou.

No Estado - Conforme noticiado pelo Campo Grande News, mais de R$ 7 milhões estão previstos para Mato Grosso do Sul. No total, os estados vão receber R$ 600 milhões, sendo que R$ 200 milhões já serão disponibilizados a partir deste mês, para incentivar a organização de mutirões em todo o País para desafogar a demanda represada.

O restante, cerca de R$ 400 milhões, será repassado de acordo com a produção apresentada de cirurgias realizadas, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas. No caso de Mato Grosso do Sul, do recurso previsto de R$ 7,985 milhões, serão destinados R$ 2.661.934,58 a partir deste mês.

Pela portaria, a adesão dos gestores ao Programa Nacional de Redução das Filas das Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas será condicionada ao envio de Plano Estadual de Redução das Filas.

Nos siga no Google Notícias