Ao ver aglomeração, mãe reclama de falta de escalonamento em escola
Responsável por aluno conta que perdeu familiar para a covid-19 e, com isso, o medo é intensificado
Enquanto resolvia pendências na Escola Estadual Zélia Quevedo Chaves, a mãe de um dos alunos se assustou com o cenário durante o intervalo. De acordo com a responsável, de 47 anos, não havia escalonamento, gerando aglomeração dos adolescentes. Por medo de represálias, a mulher não quis se identificar.
Preocupada, ela relata que já estava com receio do retorno presencial, mas após ver a organização no local ficou ainda mais preocupada. “Consegui tirar foto só de uma parte, mas dá para ver. Eu já perdi um familiar e pessoas próximas. Meu filho também não queria voltar, disse que perdeu o tio, perdeu pai de amigo. Foi muita gente ao redor”, conta.
Sem saber o que fazer, a mãe conta que chegou a questionar sobre o intervalo ser dividido por turmas na escola, mas não recebeu resposta. “Eu acompanho tudo e eles falaram que na escola seria impossível pegar coronavírus. Como é impossível pegar desse jeito?”.
Especificamente sobre os alunos, ela destacou que não viu os adolescentes se cuidando. “Eles estão sem máscara, se abraçando. É um problema não só para eles, mas também para a família. Meu filho não está nem saindo de casa”, explica.
As aulas da rede estadual retornaram ao ensino presencial escalonado durante a última segunda-feira (2). Conforme determinação, os estudantes não possuem opção de não ir à escola. Em caso de faltas, é necessário que seja apresentado atestado médico, incluindo casos de comorbidades e tratamento psicológico.
Em nota, a SED (Secretaria Estadual de Educação) informou que a liberação dos alunos ocorreu de forma controlada durante o intervalo. "Em função do quantitativo reduzido de estudantes, a direção optou por essa organização, seguindo os devidos cuidados com a biossegurança. Também foi orientado pela equipe da Coordenadoria de Gestão Escolar o escalonamento já previsto no Protocolo de Volta às Aulas".
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