Com bebê sob suspeita de toxoplasmose, mãe apela "não tem pediatra no posto"

Aos dois meses o pequeno Jhonata Gaell da Silva Schiffelbein, está enfrentando uma batalha para conseguir passar por um pediatra.  Camila Cristina da Silva, 32 anos, foi diagnosticada com toxoplasmose e os exames do menino também estão alterados, mas sem consulta com especialista a mulher, moradora do Jardim Noroeste, em Campo Grande, não consegue saber se o bebê também tem a doença.

Pelo Direto das Ruas, Camila entrou e contato com o Campo Grande News e disse estar desesperada por ajuda para conseguir passar o filho pelo médico especialista, mas não tem condições de pagar um.

"Eu fui na unidade de saúde aqui do Noroeste e disseram que não tem pediatra e que se eu pudesse deveria procurar uma consulta particular, mas não tenho como pagar uma consulta. Estou desempregada, tenho outros três filhos e vivemos de aluguel", disse a mulher.

Camila foi diagnosticada com a doença ainda no sétimo mês de gravidez e acabou perdendo a visão do olho esquerdo. Em junho acabou sendo despejada da área onde morava no mesmo bairro e agora a única renda que tem é o auxílio de R$ 375, além de algumas diárias que consegue.

"Eu tenho que tomar remédio até matar a bactéria. Mas não estou preocupada comigo, quero mesmo ajudar meu filho porque esse exame está alterado. Quando saímos da maternidade já disseram que ele precisava de exames complementares. Só preciso de uma consulta para o meu bebê", apela a mulher.

Além do pequeno Jhonata, Camila mora com outros três filhos - dois meninos de 10 e 3 anos e uma menina de 4 anos. Segundo ela o pai das crianças morreu de covid-19 em 2020 e por isso vive sozinha com os pequenos.

Ao Campo Grande News  a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) explicou que a USF (Unidade de Saúde da Família) do Jardim Noroeste não conta com pediatra, mas possui um médico da família e generalista que faz o atendimento para todas as faixas etárias.

"Em nenhum momento houve recusa de atendimento. Além disso, os exames da mulher deram negativo para toxoplasmose", disse a nota da secretaria. Sobre os exames do bebê no entanto a pasta disse não ter informações.

Além disso, ressaltou que o município conta com mais de 72 básicas e de saúde da família na rede, "além das unidades de urgência e emergência, que contam com médicos generalistas e especialistas, como pediatras. Existe ainda um serviço especializado para atendimento infantil, o Centro de Especialidades Infantis, para onde são referenciados casos específicos", finaliza a nota.

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*Matéria editada às 16h50 para acréscimo de resposta.