Com falta de aparelhos, pacientes dependem de respiração manual na Santa Casa
Dos seis enfermeiros e técnicos que estavam de plantão, quatro precisaram se dedicar apenas à respiração manual dos pacientes
A conta não fecha. A quantidade de pacientes internados na ala vermelha da Santa Casa de Campo Grande é maior do que as seis unidades de respiradores automáticos disponíveis. Para tentar contornar o problema, enfermeiros deixam de atender outros setores e utilizam o ambú, equipamento de respiração manual.
Ao todo, seis profissionais atendiam a ala vermelha da Santa Casa, na madrugada desta sexta-feira (14), incluindo técnicos de enfermagem e enfermeiros. Quatro deles se dedicavam exclusivamente à cerca de 12 pessoas que necessitam de respirador.
Enfermeiro que não deseja se identificar, afirma que o problema é repassado aos profissionais de um plantão para outro. “Recebemos o plantão com três ambús e no meio da noite teve outro paciente que foi submetido à intubação devido a insuficiência respiratória. No meio da madrugada dois ambús precisaram ir um para o centro cirúrgico e outro para o CTI. Passamos o plantão e a sala está super lotada, com previsão de chegarem mais pacientes entubados”.
Em nota, a Santa Casa informou que regula seus pacientes a partir da demanda enviada para o hospital e que possui um plano de contingência para atender o aumento da utilização dos aparelhos respiratórios. “Até dois ambus no mesmo setor, é destinado um técnico de enfermagem a cada trinta minutos para fazer a manobra. Acima de dois ambus, a escala de revezamento ocorre em nível hospitalar, com funcionários de outras alas, além da ala vermelha, para dar suporte técnico”.
O hospital também informou que “neste momento, 14 pacientes estão em atendimento na área vermelha do pronto-socorro. Destes, 6 em ventilação automática, 2 em ventilação mecânica e os demais em respiração espontânea ou com auxílio de máscara O2”.
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