Com vaga judicializada, diarista espera há 1 semana transferência para hospital
Ediene está com possível quadro de vasculite e precisa realizar tranfusão de sangue no hospital
Com dores nas pernas, mãos e cabeça, Ediene Aparecida Inácio Cardozo, de 38 anos, aguarda há uma semana vaga hospitalar que já foi judicializada. A diarista está com possível quadro de vasculite e precisa fazer uma transfusão de sangue.
Na enfermaria da UPA Leblon desde o dia 21, Ediene conta que foi à unidade no começo da semana após sentir algumas dores. “Procurei o posto na segunda com suposta picada de escorpião, me medicaram e voltei pra casa”, diz. Na quarta-feira, ela estava trabalhando quando voltou a ter inchaço nos pés e sentir mais dores. “Quinta-feira trabalhei na marra de tanta dor”, relata.
Já na sexta-feira, a diarista voltou ao posto de saúde por não conseguir mais andar. Ela chegou na unidade de cadeira de rodas e desde então aguarda vaga hospitalar para poder ser transferida. Com apoio da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, a diarista conseguiu judicializar, mas até agora não tem um indicativo de quando irá sair da UPA.
“Eu passo o dia todo com dor de cabeça, nas pernas e na mão. Eu tô aqui na enfermaria e está cheio de gente à espera de vaga. Eu tô aqui plantada ainda, essa madrugada passei com dor”, desabafa.
A reportagem procurou à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para saber se não há vagas disponíveis mesmo diante da judicialização, porém, não obteve resposta até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.
Em nota, a Sesau manifesta que:
"A paciente em questão apresenta um quadro clínico estável e aguarda transferência hospitalar com prioridade 2, ou seja, pacientes que apresentem um quadro de saúde com o maior gravidade terão preferencia para a transferência, que foi justamente o que aconteceu com a outra paciente que aguardava na enfermaria juntamente a ela.
Ela apresenta um quadro de irregularidade menstrual, bócio e lesões eritematosa nos pés, sendo acompanhada pela unidade de saúde de forma adequada, uma vez que a transferência não foi realizada até o momento em decorrência à lotação hospitalar e, consequentemente, risco de desassistência.
Reforçamos ainda que o município está dentro do prazo estabelecido em ajuizamento para realizar a transferência da paciente, uma vez que a decisão saiu no final da tarde de ontem".
*Matéria editada às 11h40 para acréscimo do posicionamento da secretaria.
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