Em novo golpe pelo Whatsapp, bandido ameaça ir até casa matar família da vítima
Contato é feito por mensagens via aplicativo de mensagem
Novo golpe aplicado por criminosos deixou uma terapeuta holística desesperada no início da tarde desta segunda-feira (23). Ela mora na região de fronteira do Estado com o Paraguai e recebeu mensagens no celular de um homem que disse ser da liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital). O bandido consegue contato, porque o WhatsApp dela está disponível na internet para que clientes possam contatá-la. Assim, ele enviou mensagens ameaçando matá-la, assim como a família dela.
Residente em Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande, a mulher logo percebeu que se tratava de uma tentativa de golpe. Nessa modalidade, os bandidos pedem para falar com o proprietário do número e passam a chantagear as vítimas, pedindo transferência de dinheiro para evitar que sejam mortas.
Como foi - Nesse caso, o bandido, que se identifica como Tiago, começa sua mensagem de áudio para a vítima, ironicamente, desejando-lhe uma boa tarde. “Primeiramente uma boa tarde. Quem tá na voz contigo é o Tiago, mais conhecido por Paizão (sic), disciplina e primeira voz da facção do PCC. Tô aqui porque foram me passadas informações que tu anda trabalhando com a polícia denunciando nosso tráfico de droga na localidade (sic). Quero saber o que tu tem contra minha facção, o que tu tás querendo comigo. Tu quer guerra, é isso?”, questiona o homem no contato com a mulher.
Imediatamente, a terapeuta, que também é professora, bloqueou o contato e avisou familiares sobre a situação. Ela também espalhou os áudios em grupos, onde outras pessoas disseram que também foram alvo da mesma tentativa de golpe, inclusive, em Campo Grande.
Colegas dela que receberam o mesmo tipo de ameaça contaram à terapeuta que os bandidos chegam a enviar uma foto de marginais armados, dentro de um carro, dizendo que estão a caminho da casa da vítima.
“Entrei em contato com meu marido na hora, que estava no banco. Lá, ele estava na companhia de um amigo nosso que é policial, que também disse que esse tipo de golpe está acontecendo bastante”, relata a mulher, de 44 anos.
“A gente está numa atmosfera de terror aqui, infelizmente, por causa da fronteira. Então me assustei com essas mensagens. Mexeu com a minha família, né? Não tem como a gente não se assustar e sentir medo”, compartilha.
O que fazer - “Entrei em contato com uma ex-aluna minha, que é policial, contando tudo o que aconteceu e ela disse que, nesses casos, é preciso bloquear o contato do bandido, denunciar o número de contato na própria plataforma de mensagens, além de registrar boletim de ocorrência para que a polícia possa investigar o caso”, finaliza.
Direto das Ruas - Essa situação chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.
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