Escola em aldeia está fechada há 5 dias e indígenas protestam por volta às aulas

A Escola Municipal Indígena Polo Presidente João Figueiredo, na Aldeia Lalima, no município de Miranda, está fechada desde a última quarta-feira (9). Conforme relato de indígena que mora na comunidade, servidores e pais de alunos lideram o fechamento do local. A instituição atende cerca de 360 crianças.

A Aldeia Lalima, que fica a 40 km do Centro de Miranda, tem cerca de 640 famílias e a escola é a única municipal da comunidade. Ainda segundo o relato do indígena, "um pequeno grupo fechou e não abriu mais", disse.

Uma mulher que vive na comunidade e também não quis se identificar ressaltou que os pais e alunos estão revoltados com a situação. "Os alunos estão sendo impedidos de entrar na escola. O grupo é liderado por alguns professores que não concordam com a nova Coordenação da escola", contextualizou.

Na última sexta-feira, pais e alunos realizaram manifestação em frente à escola com cartazes. Esta não foi a primeira vez que houve protesto neste ano. Em maio, responsáveis pelas crianças fizeram manifestação em frente à Prefeitura Municipal. A principal reivindicação dos indígenas é a conclusão das obras da escola.

A Secretaria de Educação de Miranda confirmou que um grupo fechou a escola e o motivo seria conflitos internos. Um representante da Funai (Fundação Nacinal dos Povos Indígenas) deve se fazer presente nesta terça-feira. Além disso, assim que a situação for resolvida, "será efetivado um calendário para reposição de aulas perdidas".

Em nota, a Prefeitura de Miranda, por meio do chefe de gabinete, Michel Roger Freddi, informou que entrou em contato com representante da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) no município. Ele também disse que "o problema será resolvido amanhã com apoio da Polícia Federal".

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