Família tenta tratamento para menino cardiopata há 12 anos
Laudos recomendam atendimento fora do Estado, mas transferência não avança

Sem alternativas, uma moradora do Jardim Bálsamo, em Campo Grande, pede ajuda para conseguir tratamento especializado para o filho de 12 anos fora de Mato Grosso do Sul. Diagnosticado com uma grave cardiopatia ao nascer, o menino já passou por todos os hospitais da Capital, mas não encontra atendimento adequado na rede local.
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Uma mãe de Campo Grande, MS, busca tratamento especializado fora do estado para seu filho de 12 anos, diagnosticado com uma grave cardiopatia desde bebê. Após passar por todos os hospitais locais sem sucesso, médicos recomendaram tratamento urgente no Instituto do Coração em São Paulo. A doença, que obstrui o fluxo sanguíneo no coração, coloca o menino em risco de morte súbita. A família enfrenta dificuldades para conseguir a transferência através do programa de Tratamento Fora de Domicílio da Secretaria Estadual de Saúde, que ainda não respondeu sobre a demora no processo.
Pelo canal Direto das Ruas, a auxiliar de serviços gerais Elcy Bento, de 39 anos, relatou as dificuldades enfrentadas em busca de atendimento para o filho, Heverton Kaick. Aos 2 meses de vida, ele foi diagnosticado com cardiomiopatia concêntrica obstrutiva, doença que provoca obstrução na saída do ventrículo esquerdo do coração, limitando o fluxo sanguíneo.
Em laudos enviados ao Campo Grande News, médicos do HUMAP (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) e do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) recomendam que o tratamento seja feito “o mais breve possível” fora do Estado.
“Não temos ambulatório especializado em nosso Estado. É uma doença obstrutiva com risco de morte súbita em paciente menor de idade. Sugiro encaminhamento ao ambulatório de cardiopatias do Instituto do Coração, no Hospital das Clínicas de São Paulo”, escreveu, de próprio punho, a médica Cláudia Farias em relatório enviado ao setor de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) da SES (Secretaria Estadual de Saúde).
Segundo a mãe, o menino sempre sentiu fadiga, dores no peito e não pode realizar esforços físicos ou caminhar por muito tempo. “Quanto mais cedo conseguir esse tratamento, mais chances ele tem. Fico de hospital em hospital, já entreguei todos os laudos ao TFD e não consigo. Largo tudo por ele, faço o que for preciso para que tenha uma chance”, desabafa Elcy.
A reportagem questionou a SES sobre os motivos da demora na transferência, mas não obteve retorno até a publicação. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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