Local de acidentes com mortes e já investigada, buracos voltam a MS-436
Governo de MS abriu licitações para restauração total da rodovia, estimada em R$ 237 milhões
RESUMO
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A rodovia MS-436, que liga os municípios de Figueirão e Camapuã, enfrenta sérias condições de deterioração, agravadas pelas chuvas deste verão. O transportador Jean Zotelli relatou que a estrada está cheia de buracos e valas perigosas, afetando não apenas o transporte de malotes, mas também ambulâncias e ônibus escolares. Apesar de uma licitação de R$ 134 milhões anunciada pelo Governo de Mato Grosso do Sul para restaurar 61 quilômetros da rodovia, não houve informações sobre o início das obras. A MS-436 já foi palco de vários acidentes fatais, incluindo a morte de um gerente do Detran e um jogador de futebol, e foi investigada pela Polícia Federal por suspeitas de superfaturamento nas obras realizadas desde sua entrega em 2013.
Rodovia que liga os municípios de Figueirão e Camapuã, a MS-436 voltou a ficar em péssimas condições. As chuvas deste verão pioraram situação que já estava ruim, segundo o relato que o transportador de malotes Jean Zotelli fez ao Direto das Ruas.
"Está horrível de passar lá. Só que esse problema é frequente. Além de mim, tem as ambulâncias e ônibus escolares que passam diariamente lá", ele alertou neste domingo (19).
O vídeo acima mostra vários buracos na pista, além das beiradas "engolidas" criando valas perigosas nas laterais. As imagens foram gravadas por Jean após chuva atingir a região.
O transportador já presenciou funcionários de uma empresa tampando os buracos rodovia, mas percebeu que nem todos os trechos recebem o serviço. Ele pega a estrada três vezes por semana.
Em outubro do ano passado, o Governo de Mato Grosso do Sul anunciou licitação de R$ 134 milhões para restaurar trecho de 61 quilômetros da rodovia.
Em nota, a assessoria de imprensa da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) atualizou que o valor estimado é, R$ 237 milhões, considerando a extensão total da rodovia e a divisão do certame em dois lotes diferentes. "As propostas já estão em análise", afirmou.
O texto diz ainda que "serviços constantes de manutenção preventiva na rodovia" estão sendo feitos até que o processo licitatório seja finalizado e a restauração comece efetivamente.
Mortes e investigação - A MS-436 foi palco de diversas mortes causadas por acidentes. Uma delas foi a do gerente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Figueirão. Em dezembro de 2022, ele perdeu o controle da direção e a caminhonete que dirigia capotou na pista.
Em agosto do mesmo ano, um jogador de futebol profissional de Camapuã também morreu na rodovia. Ele foi arremessado para fora do veículo que conduzia durante uma capotagem. Mais acidentes com a mesma dinâmica foram registrados na época.
A rodovia ainda foi um dos alvos de investigação da Operação Lama Asfáltica, aberta em 2014 pela Polícia Federal. A suspeita era de superfaturamento nas obras.
A MS-436 foi entregue em 2013. Em pouco tempo de uso, seu asfaltou "esfarelou" e foram feitos os primeiros reparos.
Matéria editada às 10h50 de segunda-feira (20) para acrescentar nota da Agesul.
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