ONG que atende mulheres vítimas de violência precisa de muro e portão
Cerca de 300 famílias são atendidas por instituição no Bairro Aero Rancho
Para garantir a segurança de vítimas de violência doméstica, a Associação de Capacitação e Instrução de Economia Solidária do Povo, que atende este público no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, pede ajuda para conseguir construir muro e portão. De acordo com a ONG, problemas já acontecerem, já que os assistidos ficam expostos.
"A construção desse muro é uma prioridade por conta do nosso atendimento a pessoas que sofreram violência doméstica. Estamos expostos, não há segurança", afirma a fundadora e coordenadora da Associação de Capacitação e Instrução de Economia Solidária do Povo, Ceurecy Fátima Santiago Ramos, 48 anos, localizada no Bairro Aero Rancho.
A instituição recebe mulheres e suas famílias, idosos, LGBTQIA+ e qualquer outra pessoa que tenha sofrido qualquer tipo de violência. "Na semana passada, registramos um boletim de ocorrência, porque uma pessoa entrou na instituição e agrediu verbalmente uma de nossas atendidas, quase que ela foi agredida fisicamente, não temos segurança de quem entra e sai", reclama.
De acordo com professora de Inglês e voluntária, Isabelle Ramos, de 25 anos, a ajuda foi oferecida uma vez, mas o doador não cumpriu com o prometido. "Há um tempo atrás, disseram que doariam o material e até derrubaram a mureta, mas o cara sumiu. Estamos sem portão, sem grade e pedimos ajuda", pontua.
Segundo a coordenadora, o orçamento para a construção do muro é de R$ 12 mil e a instituição não tem condições de arcar com o valor sem doações. "Vamos até receber uma verba do governo, mas que não pode ser utilizada para reforma ou construção", explica Ceurecy.
Atendimento - Associação de Capacitação e Instrução de Economia Solidária do Povo foi fundada há oito anos por Ceury, que mantinha as atividades em sua própria residência, até que em 2019, conseguiu um espaço cedido pelo Governo do Estado.
Na instituição, são oferecidos curso profissionalizante para auxiliar na geração de renda de mulheres vítimas de qualquer tipo de violência. "Já chegamos a atender 8 mil famílias. As mulheres vêm por demanda espontânea, outras encaminhadas pelo CRAS (Centro de Referência Social), Creas (Centro de Referência Especializado de Atendimento Social), postinho de saúde, e até mesmo encaminhadas pela Casa da Mulheres Brasileira", explica a coordenadora.
As crianças recebem aulas de yoga, capoeira, judô, balé, além de outras atividades. Para os adultos, são ofertados cursos profissionalizantes como o curso de cuidador de idoso, secretariado, garçonete, além de cursos voltados à estética.
Serviço - A associação fica localizado na Rua Inocência Moreira dos Santos, 45, Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Os telefones para contato são (67)992888349 ou 992202525. Todos com acesso pelo WhatsApp.
