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Direto das Ruas

Porta de ambulância abre com paciente acamado durante viagem a Coxim

Antes da porta abrir, monóxido de carbono do motor estava sendo liberado pelo ar condicionado

Por Kamila Alcântara | 26/08/2024 19:18

Uma família de Coxim passou momentos de medo e sufoco durante viagem de 253 km para exames em Campo Grande. Primeiro foi o ar condicionado estragado, que “soltava” o monóxido de carbono que deveria sair pelo escapamento, depois a porta abriu com o veículo em movimento.

Pelo Direto das Ruas, a dona de casa Cicera Duarte da Silva, de 45 anos, relatou que o caso aconteceu no último dia 20 e já começou pela madrugada. O filho dela tem 20 anos e é um paciente acamado, por conta da paralisia cerebral e escoliose grave. Ele precisava vir à Capital fazer exames para a futura cirurgia de correção da escoliose, em uma clínica particular.

“Quando a ambulância chegou, às 2h30 da madrugada, eu já não gostei das condições. Porém, já tinha feito um esforço para conseguir o dinheiro do exame na clínica e não podia esperar mais pelo sistema público. Durante a ida, percebi que o ar condicionado estava soltando o que deveria sair pelo escapamento, então desliguei”, inicia.

Primeiro passaram pelo Hospital do Pênfigo e depois no instituto especializado em cérebro e coluna. Em uma das paradas, a filha dela, que acompanhava, percebeu uma atadura na porta e avisou o motorista. Ele achou estranho e arrancou, pois não sabia a utilidade.

Naquele dia, a barragem da lagoa do Nasa Park se rompeu, deixando o trânsito para o Norte do Estado pela BR-163 lento. Na tentativa de acelerar, o condutor da ambulância decidiu fazer o percurso por Rochedo.

“Na volta, por duas vezes a porta fez um estalo e abriu uma frestinha. Eu peguei o celular para fazer um vídeo reclamando do ar condicionado desligado, foi quando a porta se abriu completamente e registrei naquele vídeo. O motorista ficou em choque e teve que prender a porta com o cinto de segurança. Só aí ele entendeu que aquela atadura estava segurando a porta, por isso não aconteceu isso na ida para Campo Grande”, conta Cicera.

Uma nova ambulância foi solicitada, mas ela foi encontrou a família no município de Rio Negro, que fica a 125 km de Coxim. “Fiz a reclamação na ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, mas outros familiares de pacientes disseram que já tinham denunciado a situação daquela ambulância antes e nada foi feito”, lamenta.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com o prefeito de Coxim, Edilson Magro (PP), que enviou uma nota esclarecendo a situação. Ele reforça que outro veículo se deslocou para atender a família assim que a porta apresentou problemas.

“Quando o paciente chegou, duas equipes da Prefeitura foram na casa do mesmo, no sentido de saber como estavam e se tiveram algum prejuízo físico ou psicológico, tendo sido respondido pela mãe do paciente que estava tudo bem. Assim que soube do acontecido, imediatamente, determinei que fosse aberta sindicância para apurar os fatos”, diz o texto.

A nota continua dizendo que “o que mais prezamos em nossa administração é o cuidado com os cidadãos em geral, trabalhamos muito e avançamos muito em prol da saúde. Nossa equipe sempre trabalha para o bem da população, temos a consciência tranquila que tudo que é possível estamos fazendo”, termina.

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