Prints com pedido de cola em concurso da PM serão investigados
Em grupo, concurseiro "audacioso" teria enviado até fotos de duas páginas da prova da qual queria as respostas da questões.
Prints de uma conversa de WhatsApp que supostamente seria de um candidato pedindo a “cola” durante a prova do concurso para a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, realizada no domingo (12), começou a circular em grupos do aplicativo.
No diálogo, o candidato pede a resposta das questões em um grupo. Um dos participantes que estaria com o WhatsApp web aberto no computador pede para que ele mande o “número da questão e letra”.
É quando o suposto concurseiro então manda a foto de duas páginas da prova. As páginas têm a assinatura da Fapems (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul), que organiza o certame. O horário é o mesmo do período da prova, mas não é possível afirmar se, de fato, as imagens foram feitas durante a aplicação das questões.
Nos prints recebidos pela reportagem também não há a identificação dos nomes ou números de telefone dos participantes do suposto grupo, por exemplo.
A prova - A reportagem encaminhou a situação ao secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Édio Viegas, que informou que o caso será investigado. Ele adiantou, contudo, que é “praticamente impossível da situação ter ocorrido durante a prova”.
Assim como nas provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), por exemplo, durante a prova do concurso deste domingo (12), antes de entrar nas salas de aulas, todos os candidatos deviam deixar em sacos plásticos lacrados, de celulares - sem a bateria - a relógios.
Ao ir ao banheiro, cada um também passava por detectores de metal. Medida de segurança também adotada em outros grandes certames. “Algumas salas tinham até 4 fiscais. No caso da imagem, ou o candidato teria de sair com a prova até o banheiro, mesmo com a revista, ou feito as imagens em sala de aula. Pelo sistema utilizado é praticamente impossível”, comentou.
O secretário também levantou a possibilidade de os prints serem algum tipo de montagem. O tão comentado "fake news". "Ou as imagens também podem ter sido feitas após a saída do candidato do local de prova com o caderno de questões e compartilhado, apenas para tentar comprometer a organização do concurso", pontua.
Neste domingo, outros sete alunos registraram boletim de ocorrência contra a organização, pelos fiscais terem iniciado a prova com 25 minutos de atraso. No entanto, os mesmo candidatos ganharam 20 minutos para terminar o exame e "não saíram prejudicados da prova", também conforme já havia informado o secretário.
Fapems - Em nota a Fapems também se posicionou sobre o caso. "A Fundação lamenta que imagens de aplicativos, sem nenhum indicativo que comprove sua autenticidade, estejam sendo utilizadas de forma leviana para causar instabilidade no ambiente do concurso. Neste sentido, salienta que está tomando as providências cabíveis para responsabilizar os culpados".
Direto das Ruas - O Campo Grande News recebeu as imagens e informações por meio do Direto das Ruas, canal de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99955-2040, pela ferramenta Fale Conosco ou por mensagem enviada via Facebook.
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