Sem nenhum contato da SES, leitora questiona rastreamento de casos de covid
Programa Rastrear busca identificar e monitorar tanto a pessoa infectada quanto sua rede de contato
Cinco dias depois de a mãe ter sido diagnosticada com covid-19 e sem receber contato de unidade de saúde, leitora questiona ação do programa Rastrear. Lançado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) em setembro, o protocolo de acompanhamento busca identificar e monitorar tanto a pessoa infectada quanto sua rede de contato.
Em teoria, o contato com os pacientes deveria ser iniciado assim que o diagnóstico é feito. Esse procedimento é realizado por telefone e os dados são incluídos em software no sistema estadual. De acordo com leitora, de 37 anos, que pediu para não ser identificada, até o momento não houve nenhum aparecimento do programa.
Ela relata que sua mãe, de 73 anos, começou a apresentar sintomas entre os dias 8 e 9 deste mês, mas que o primeiro diagnóstico foi de resfriado. Conforme o quadro piorou durante a semana, nova consulta foi realizada e a identificação da covid-19 saiu no dia 14 com base em diagnóstico clínico e exame de sangue, sem resultado do teste RT-PCR.
Foi internada no dia 14 e disseram que o resultado sairia em 24h, mas informaram o resultado do PCR apenas no dia 18. Fiquei aguardando, pensei “o pessoal do Rastrear vai entrar em contato com a gente”. Desde então estou esperando.
Em contato com a SES, foi informado que a responsabilidade do acompanhamento seria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Em nota, a assessoria da prefeitura explicou que irá verificar se houve alguma falha pontual, pois o monitoramento está sendo feito normalmente com centenas de pacientes.
Ainda de acordo com a assessoria da prefeitura, o paciente deverá ser contatado pela unidade de saúde de sua área de abrangência. Pacientes de alto risco são contatados diariamente, enquanto os de menor risco recebem monitoramento a cada dois dias.
Essas medidas são tomadas para tentar controlar a disseminação do vírus e reduzir a quantidade de casos.
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