Um ano após entrega, casas populares são colocadas à venda na internet
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Quase um ano após a entrega das casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida no Residencial Celina Jallad, no Bairro Portal Caiobá, é possível encontrar anúncios de venda dos imóveis na internet.
No entanto, quem foi contemplado com uma residência do Minha Casa, Minha Vida não pode alugar ou vender o imóvel até a quitação das parcelas do financiamento.
Uma leitora, que prefere não se identificar, procurou o Campo Grande News, por meio do canal Direto das Ruas para denunciar a irregularidade. No post, a casa está sendo oferecida por R$ 27.000,00, mais as parcelas restantes do financiamento de R$ 60,00.
A casa é descrita como nova, murada, com laje, janela blindex e cozinha americana. Não é possível determinar se a casa em questão é recém entregue, ou se pertence a uma fase anterior do programa em Campo Grande entregue no ano passado.
O Campo Grande News tentou entrar em contato com o anunciante, porém ninguém atendeu as ligações.
Histórico – A situação de vendas ilegais é recorrente. 810 casas do residencial Celina Jallad foram entregues no dia 22 de dezembro do ano passado e, horas após a entrega, pessoas já demonstravam interesse em negociar compra e venda dos imóveis.
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Na época, o Campo Grande News tentou entrar em contato com a compradora, porém não obtivemos respostas.
Ainda no ano passado, a Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal informou que os donos dos imóveis pertencentes a faixa I do programa Minha Casa Minha Vida, cujos beneficiários tem até R$ 1,6 mil de renda mensal, não podem comercializar as casas antes do término do prazo de financiamento que é de dez anos.
Caso seja comprovada a denúncia de venda irregular, o banco pode pedir a reintegração de posse do imóvel por quebra de contrato e repassar a outra pessoa que aguarda na fila das agências municipal ou estadual de habitação. Como penalidade, o comprador é retirado e o vendedor fica impedido de participar de qualquer outro programa governamental de habitação.
O Campo Grande News tentou entrar em contato com a Caixa Econômica Federal, porém até o fechamento dessa reportagem não obtivemos resposta.