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Economia

Abastecer com álcool atinge valor que compensa, mas reclamação continua

Caroline Maldonado | 16/07/2014 16:30
Nos postos de combustível, mesmo com a redução de preço do álcool, gasolina ainda é preferida. (Foto: Marcelo Victor)
Nos postos de combustível, mesmo com a redução de preço do álcool, gasolina ainda é preferida. (Foto: Marcelo Victor)

O preço do etanol baixou, mas ainda assim os consumidores reclamam do preço e muitos optam pela gasolina. O preço médio do litro em Campo Grande está em R$ 2,059, mas em muitos postos o combustível é encontrado por até R$ 1,999. No mês de maio o preço chegava a R$ 2,199, o que representa uma queda de R$ 0,14.

O preço médio mais alto do Estado é de Três Lagoas, onde o litro sai por até R$ 2,428, uma diferença de R$ 0,36 em relação à Capital. Os dados são de levantamento feito, na última semana, pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

O preço médio da gasolina na Capital é R$ 2,933. São R$ 0,87 de diferença entre os dois combustíveis, ou seja, o valor do álcool alcança 70% do preço da gasolina. De acordo com as placas fixadas nos postos, o etanol compensa para consumidor quando a diferença está abaixo desse percentual. Mas muitos condutores já deixaram de prestar atenção ao informativo e pedem a gasolina.

O taxista, Kleber Oliveira, abastece o veículo de trabalho somente com álcool, porque acredita que o modelo do veículo favorece a economia, mas para o carro particular prefere a gasolina. “Agente tem um monte de usina, com certeza poderia ser mais barato para o consumidor, se não fosse o imposto também que é o mais caro do Brasil”, afirma o taxista que não tem paciência de pesquisar entre os postos na hora de abastecer.

Segundo o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Holanda Filho, não há como controlar os preços pois cada posto faz o preço que deseja, de acordo com a concorrência. “Os preços dependem de uma série de fatores, pois o álcool sai da usina e passa pela distribuidora e tem ainda os imposto”, explica.

O psicanalista, Jenner Ramão de Oliveira, é um daqueles que gosta de economizar, mas há mais de 10 anos não repara no preço do etanol e abastece somente com gasolina. “Aumentou muito o preço, já não é mais vantagem usar o álcool. Na época que compensava eu colocava metade de cada combustível, mas agora com essa globalização nós pagamos caro pelo que é produzido aqui mesmo, infelizmente”, reclama o consumidor.

“O consumidor reclama do preço, mas ainda assim alguns colocam o álcool. Nós não podemos fazer nada, porque a distribuidora não apontou nenhuma queda no preço”, diz o gerente do posto Aliança, Eraldo Rosário.

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