Alckmin anuncia recursos e Reinaldo fala sobre perdas com a hidrovia
Mato Grosso do Sul deixou de trasportar 4 milhões de toneladas pela hidrovia Tietê-Paraná, desde o início da seca no ano passado. Para garantir a continuidade de projetos, esses produtos tiveram que ser transportados por caminhões, sobrecarregando as rodovias do Estado. A previsão é que a navegação no rio Paraná retorne neste ano.
Durante abertura do Circuito Expocorte nesta manhã, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) falou sobre os impactos da falta de navegação na hidrovia, junto ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que por sua vez, falou de investimentos que serão feitos para impedir novos prejuízos.
Entre os produtos que deixaram de ser transportados pela hidrovia, estão a celulose, industrializados para exportação, carnes e madeira. A situação se agravou diante do mau estado de conservação da ferrovia, que obrigou as empresas a sobrecarregar as rodovias. Além de perigoso, o maior fluxo de caminhões contribui na redução da vida útil das estradas.
Alckmin disse que a seca do ano passado foi muito forte e culpa o governo Federal por este, ter priorizado a energia elétrica. "As represas baixaram suas barragens o que diminuiu o calado da hidrovia", disse. O calado significa a distância entre a quilha no navio e a linha de flutuação.
Para reverter esse quadro, o governador paulista afirmou que Estado e União vão investir R$ 1 bilhão nas hidrovias, para evitar novos prejuízos e contam com o fenômeno El Niño para aumentar o nível dos rios até o fim do ano. "Estamos trabalhando com o ONS (Operador Nacional de Sistema Elétrico) para subir o nivel das barragens de ilha solteira, no Paranazão e de Três Irmãos no rio Tietê".