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Economia

Alta do diesel deve reajustar preço do frete em até 25% a partir de março

Aline dos Santos | 04/02/2015 15:01
Preço da gasolina chega aos R$ 3,49 na maioria dos postos da cidade. (Foto: Alcides Neto)
Preço da gasolina chega aos R$ 3,49 na maioria dos postos da cidade. (Foto: Alcides Neto)
Segundo presidente do Setlog, frete de produtos primários terá maior reajuste. (Foto: Alcides Neto)
Segundo presidente do Setlog, frete de produtos primários terá maior reajuste. (Foto: Alcides Neto)

O preço do frete pode ter reajuste de até 25% no próximo mês em Mato Grosso do Sul. A alta é efeito do reajuste de R$ 0,15 por litro de óleo diesel, combustível que movimenta do leite em pó que se compra no supermercado as commodities que sustentam à macroeconomia.

De acordo com o presidente do Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística), Cláudio Cavol, o frete deve aumentar entre 20% e 25% no transporte de produtos primários, como soja, milho e algodão. “Devido a essa combinação de início da safra e aumento do óleo diesel”, afirma. Outro agravante, no caso da exportação, é que as estradas não podem ser trocadas pelos caminhos das águas, pois a seca no rio Paraná fechou a hidrovia.

E enquanto a maioria se preocupa com o reajuste da gasolina, é a alta do diesel S10 que vai resultar em produtos mais caros na prateleira do supermercado. Conforme Cavol, o frete deve aumentar de 10% a 15% no transporte de produtos supermercadistas.

“Agora começa toda uma negociação de preços com cada cliente de transportadora. Demora de 30 a 40 dias para que seja totalmente virado, vamos dizer assim, a chave de todas as tabelas de frete. Então, até a primeira quinzena de março, com certeza absoluta, os novos preços estarão totalmente em vigor. Isso vai refletir em aumento de preço no transporte de grãos, produtos industrializado, leite em pó, carne, arroz, feijão. 95% dos produtos que a gente compra no supermercado vêm por caminhão”, salienta o presidente do Setlog.

Errôneo – O aumento veio no começo da safra de grãos, quando cresce a demanda pelo transporte rodoviário. “Justamente nesse momento, o governo federal, erroneamente, aumenta o preço do combustível. Essa decisão do governo federal foi justamente no momento em que o preço do petróleo no mercado internacional está mais de 50% mais barato do que estava há oito, nove meses atrás. Não tem porque esse aumento”, avalia Cláudio Cavol. Ele acredita que o aumento da PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) seja para cobrir rombo na Petrobras.

Protesto – Caminhoneiros fecharam a BR-163, saída para São Paulo, nesta terça-feira. Eles cobram a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o óleo diesel de 17% para 12%, tabela de padronização do valor do frete, redução do preço do pedágio e mudanças na lei de vistoria veicular. O bloqueio só terminou após o governo estadual agendar reunião com a categoria.

Para o presidente do Setlog, protestos de maior intensidade só deve ser feitos após esgotado o diálogo. “Ainda estamos em fases de estudos, reuniões sobre a taxa de inspeção, redução de ICMS. O Reinaldo Azambuja acabou de começar o governo, faz 30 dias. É de bom senso e coerência tentarmos resolver isso de forma sensata”, afirma Cláudio Cavol.

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