Ao pagar 13º, INSS detalha fraudes digitais; veja como se proteger
A principal fraude, segundo o órgão, está relacionada a phishers — ou “pescadores de dados” em tradução livre
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começou a pagar hoje o adiantamento do 13º salário de aposentados e pensionistas, com a preocupação do que virou rotina no Brasil: os golpes contra idosos. Para evitar que os segurados amarguem prejuízos, o órgão publicou nesta quarta-feira recomendações de segurança.
Só entre 24 de abril e 8 de maio serão depositados R$ 33,4 bilhões referentes ao pagamento da primeira parcela do 13º salário.
Confira as principais fraudes detectadas pelo INSS:
1. Phishing:
Os phishers — ou “pescadores de dados” em tradução livre — enviam e-mails ou mensagens falsas aos beneficiários fingindo ser o INSS. A intenção é fazer com que os segurados, dependentes e beneficiários cliquem em links suspeitos para capturar informações pessoais e senhas de acesso aos dados do benefício.
2. Roubo de identidade:
Nessa armadilha, ações de grupos criminosos roubam as informações pessoais a partir de vários modus operandi e se passam pelos segurados e cidadãos para requerer benefícios e serviços de maneira fraudulenta.
3. Apresentação de documentos falsos ou adulterados e inserção de dados falsos nos sistemas
No requerimento de benefícios e serviços previdenciários são apresentados documentos falsos ou ideologicamente falsos, assim como a ação de grupos criminosos exploram os requerimentos digitais e as exigências de informações pessoais, trabalhistas e previdenciárias para inserir dados falsos nas bases de dados governamentais e nos sistemas informatizados da Previdência Social, com intuito de comprovar incapacidade laboral, vínculos de dependência e de emprego, atividades laborais e contribuições previdenciárias, visando obtenção fraudulenta de benefícios como auxílio por incapacidade, aposentadoria, salário maternidade e pensão por morte.
4. Titular ficto
As quadrilhas forjam documentos de registro civil de certidão de nascimento e identidade (RG e CPF), “criando pessoas físicas” para obtenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC) de amparo ao idoso.
Identificação de fraudes
A necessidade de identificar e mitigar fraudes em benefícios tornou-se uma prioridade para a autarquia, especialmente considerando o impacto financeiro significativo que essas atividades fraudulentas podem acarretar. Até o momento, o trabalho de monitoramento ativo resultou na identificação de uma quantidade substancial de fraudes e possíveis prejuízos, destacando a importância de aprimorar os métodos de detecção e prevenção.
Conforme Fernanda Doerl, coordenadora do CGMOB, o trabalho de monitoramento ativo que vem sendo realizado desde 2022, além de permitir a detecção de fraude estruturada em benefícios, permitiu a identificação de situações associadas a incidentes de segurança, de sorte que as ações passaram a contemplar uma atuação conjunta com a Equipe da Divisão de Prevenção, Tratamento e Respostas a Incidentes Cibernéticos vinculada à Diretoria de Tecnologia e Informação (DTI), com o propósito de avaliar e conter as ameaças.
Em 2022 e 2023, as ações de monitoramento realizadas – mesmo de forma não automatizada e sem uso de tecnologias avançadas em alguma escala – possibilitaram identificar cerca de R$ 269,8 milhões em prejuízos potenciais em decorrência de procedimentos irregulares com indicativo de incidente cibernético associado. No período, 252,4 milhões benefícios foram bloqueados. Ou seja, o prejuízo foi evitado para 93,5% dessas situações, em decorrência do trabalho de monitoramento ativo.
(Com informações da assessoria do INSS)
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