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Economia

Após dois dias, negociação 'trava' e greve dos bancários continua

Comando Nacional recomendou que assembleias regionais na próxima segunda-feira (2) defina rumos da greve em cada local

Nyelder Rodrigues | 28/09/2016 21:59
Impasse continua em todo o país, já que bancos repetiram proposta de 7%, rejeitada outras vezes pelos bancários (Foto: Divulgação/Arquivo)
Impasse continua em todo o país, já que bancos repetiram proposta de 7%, rejeitada outras vezes pelos bancários (Foto: Divulgação/Arquivo)

A proposta de reajuste salarial feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não agradou os bancários, que rejeitaram o acordo e a greve, que quinta-feira (29) completa 24 dias, prossegue em todo o país. Em Campo Grande e região, 151 agências das 160 existentes, ficaram fechadas nesta quarta-feira (28).

Essa foi a 9ª rodada de negociações entre patrões e Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo (SP). A reunião começou ontem (27) à tarde, mas apenas hoje foi apresentada uma nova proposta. Entretanto, foi mantido o índice de reajuste de 7% para 2016, muito abaixo dos 14,78% pedido pelos trabalhadores.

Além disso, a proposta dos bancos oferecia abono de R$ 3,5 mil aos funcionários e também previa as regras para 2017, ficando acordado desde já reposição conforme a inflação do período equivalente - os 12 meses antes do mês-base -, mais um ganho real de 0,5% sobre o índice calculado pelos órgãos oficiais.

Porém, como tal alternativa não foi aceita, a negociação volta ao marco zero e a greve segue sem previsão de término. Os bancários pedem 14,78% de reajuste para que seja reposta a inflação de 9,78% e haja ganho real de 5% nos salários.

Também é pedido que piso salarial seja fixado conforme o salário-mínimo necessário aferido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que chegou ao valor de R$ 3.991,40 em agosto deste ano.

"A Fenaban mais uma vez decepciona os bancários e bancárias, propondo um novo modelo de negociação com perdas em 2016 e 2017, além de não oferecer nada sobre garantia de emprego, saúde, condições de trabalho e segurança", frisa o presidente do Sindicatos dos Bancários em Campo Grande e Região, Edvaldo Barros.

Não há previsão para que ocorra nova negociação e o Comando Nacional recomendou que os sindicatos regionais realizem assembleias locais para definir os rumos da greve apenas na segunda-feira (3), continuando assim até o fim desta semana a greve em todo o Brasil - há no país 3.254 agências e 28 centros administrativos com atividades paralisadas.

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