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Economia

Arauco e governo de MS traçam projeto para reduzir impacto social em Inocência

Nove áreas são listadas como passíveis de "pressão social", casos que foram mostrados em reportagens especiais

Por Silvia Frias e Gabriela Couto, de Inocência | 09/04/2025 15:15
Arauco e governo de MS traçam projeto para reduzir impacto social em Inocência
CEO da Arauco no Brasil, Carlos Altimiras, participou do evento em Inocência (Foto: Marcos Maluf)

A diretoria da Arauco informou que tem plano estratégico de investimento articulado com governo estadual e prefeitura para minimizar os impactos sociais decorrentes da construção da fábrica de celulose em Inocência, a 337 km de Campo Grande.

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A Arauco anunciou um plano estratégico em parceria com o governo estadual e a prefeitura para mitigar os impactos sociais da construção de uma fábrica de celulose em Inocência, MS. A iniciativa visa abordar pressões em áreas como saúde, educação, segurança e assistência social, decorrentes do aumento populacional durante a construção e operação da planta. A fábrica, parte do Projeto Sucuriú, empregará 6 mil pessoas e será abastecida por 400 mil hectares de florestas plantadas. A operação plena está prevista para 2027, com uma logística eficiente e recirculação de 90% da água utilizada.

Em entrevista esta manhã, durante lançamento oficial da obra, os diretores disseram que fizeram levantamento, em parceria com o governo estadual, e identificou nove áreas classificadas como passíveis de “pressões sociais”, causadas pela chegada de milhares de trabalhadores durante a construção e, posteriormente, na operação da planta.

Das nove áreas, saúde, educação, segurança pública e assistência social, foram consideradas as mais sensíveis. Em fevereiro, o Campo Grande News fez série de reportagens mostrando o impacto da obra em Inocência, citando a demanda em postos de saúde, além de ter se tornado rota da prostituição e do tráfico de drogas. (confira as matérias no final deste texto).

A chamada “partida da CLAM” — nome que faz referência ao início das operações da planta industrial — também trará empregos fixos, o que aumenta ainda mais a demanda por serviços públicos estruturados. A fábrica deve empregar mil trabalhadores diretamente, além de outros 2 mil voltados à logística e 3 mil atuando nas florestas.

Estrutura - Batizada de Projeto Sucuriú, a fábrica leva o nome do rio que abastecerá a unidade. A captação de água ocorrerá em ponto anterior à devolução do efluente tratado, o que, segundo a empresa, garante uma recirculação de mais de 90% da água utilizada no processo produtivo.

A unidade está localizada a uma média de 90 km da base florestal da Arauco, o que, segundo a companhia, garante eficiência logística no transporte da matéria-prima.

A planta será abastecida por 400 mil hectares de florestas plantadas, sendo que 80% dessa área já está contratada ou garantida. A expectativa é atingir a meta até 2027, ano em que o projeto entra em plena operação. A capacidade de plantio atual gira em torno de 60 a 65 mil hectares por ano.

“Não vejo preocupação de conseguir atingir os 400 mil daqui até o ano 27, que é quando termina o desenvolvimento do projeto; a outra coisa que é muito importante é a capacidade do plantio que você consegue fazer durante o ano. Então, hoje estamos praticamente na casa de 60, 65 mil hectares por ano plantados e, com isso, nós vamos conseguir atingir a demanda de madeira”, diz o CEO da empresa, Carlos Altimira.

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