Aumento da gasolina faz Capital ter inflação de 1,38%, a maior em 12 anos
Com o reajuste no preço dos combustíveis, a inflação de Campo Grande fechou fevereiro com alta de 1,38%, o índice é o maior dos últimos 12 anos para o mês, quando chegou a 2,33%, segundo dados do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande). Em 12 meses, a inflação acumulada é de 7,60%, bem acima do teto da meta que é 4,5%.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, o índice de fevereiro é alto, mas ainda é menor que janeiro (1,78%). O grupo Transportes e Alimentação foram os que mais contribuíram para os números do mês passado, com 6,44% e 1,51% respectivamente.
“Neste mês de fevereiro aconteceu um forte aumento nos preços dos combustíveis, item que tem muita influência na composição do índice inflacionário de Campo Grande. Além do grupo Alimentação que também voltou a pressionar a inflação da cidade, principalmente, pelo clima que prejudica os hortifrútis", afirma Celso Correia, coordenador do Nepes.
O pesquisador ainda destaca que os preços das carnes continuam a aumentar pela falta de boi gordo para o abate. Para março, a expectativa é de que o reajuste da conta de energia pressione ainda mais a inflação da Capital. “O cenário continua não sendo dos melhores em relação ao comportamento da inflação", diz Celso.
Inflação – Em 12 meses a cidade acumula inflação de 7,60%, bem acima do teto da meta inflacionária estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 6,5% e muito além do centro da meta que é de 4,5%.
Nesses últimos doze meses as maiores inflações acumuladas na Capital, por grupo, foram: Alimentação (11,30%); Transportes (10,73%); Despesas Pessoais (8,38%) e Educação (7,87%). No acumulado de 2015, o índice ficou em 3,18%.