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Economia

Campo Grande tem a segunda menor inflação entre as capitais do País

Com redução da tarifa de energia, índice foi de -0,13% em abril

Osvaldo Junior | 10/05/2017 15:03
Tarifa de energia reduziu 13,21% no mês passado (Foto: Arquivo)
Tarifa de energia reduziu 13,21% no mês passado (Foto: Arquivo)

Como reflexo da redução da tarifa da energia elétrica, Campo Grande encerrou abril com deflação de 0,13%, conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta quarta-feira (dia 10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É o segundo menor resultado entre as capitais brasileiras consideradas na pesquisa. Também é a primeira variação negativa em 19 meses – a deflação anterior, de 0,28%, foi verificada em setembro de 2015.

O IPCA de Campo Grande em abril é o menor para o mês desde 2014 (quando a Capital passou a integrar a pesquisa) e está abaixo do resultado de março (0,14%). Na comparação com outras capitais, o índice campo-grandense só supera o de Salvador (-0,22%).

Também apresentaram variações negativas os municípios de Belo Horizonte (-0,08%) e Curitiba (-0,05%). Em todo o País, o IPCA do mês passado foi de 0,14%, ficando abaixo dos 0,25%, registrados em março.

De acordo com o IBGE, o maior impacto para a deflação de Campo Grande foi a tarifa de energia. A variação, no município, foi de -13,21% – é a queda mais expressiva entre as capitais brasileiras. O IBGE observa que, além do desconto e outras reduções nos impostos, o reajuste anual da tarifa de energia em Campo Grande, em vigor desde 8 de abril, foi negativo (-1,92%).

Com o recuo, o grupo habitação (do qual faz parte da tarifa de energia) fechou abril em -3,3%. Também apresentaram resultados negativos o vestuário (-0,33%) e artigos de limpeza (-0,12%).

Os demais grupos findaram o mês passado com as seguintes variações: alimentação e bebidas (0,26%), transportes (0,73%), saúde e cuidados pessoais (0,77%), despesas pessoais (0,60%) e educação (0,11%).

Considerando os diversos itens, as maiores quedas foram verificadas nos preços da laranja pêra (-12,62%), da maçã (-8,90%), do óleo de soja (-8,49%), do açúcar cristal (-6,86%) e dos utensílios de plástico (-6,25%). Quanto às altas, as mais expressivas foram dos seguintes produtos e serviços: tomate (33,93%), batata inglesa (24,45%), passagem aérea (22,23%), carro usado (9,38%) e uva (9,02%).

Campo Grande acumula, neste ano, IPCA de 0,81% e, em 12 meses, de 5,15%. O IPCA, usado como índice oficial da inflação do País, refere-se às famílias com renda de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas, além de Campo Grande, Goiânia e Brasília.

INPC – Em se tratando dos impactos dos preços nas famílias mais pobres, Campo Grande registrou o menor resultado entre as capitais brasileiras. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), também divulgado hoje pelo IBGE, foi de -0,38% em abril na Capital. Na média do País, a variação foi de 0,08%. O INPC abrange famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.

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