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Economia

Campo Grande tem o menor índice de inflação de maio dos últimos dez anos

Ricardo Campos Jr. | 08/06/2017 10:11
Queda nos preços dos combustíveis ajudou a reter inflação (Foto: Renata Volpe Hadad)
Queda nos preços dos combustíveis ajudou a reter inflação (Foto: Renata Volpe Hadad)

Campo Grande fechou o mês de maio com inflação de 0,10% medida pelo IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor da Capital), o menor valor registrado no período desde 2007 pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp. Queda nos valores de combustíveis e alguns alimentos favoreceram os resultados do mês passado.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação no município é de 3,78%, abaixo do centro da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) de 4,5%. Nesse período, o setor de vestuário teve maior alta entre os demais, de 14,70%, resultado da recomposição dos preços em relação a 2016.

Já nos cinco primeiros meses de 2017, a inflação registrada pelo Nepes foi de 1,44% puxada pela alta não somente no setor de vestuário, mas também de educação.

Os produtos que mais ajudaram a segurar a inflação foram o diesel (- 1,44%), etanol (- 1,81%), gasolina (-0,99%) no segmento automotivo; alcatra (- 3,83%), arroz (- 3,81%), tomate (- 15,68%), laranja pera (-12,45%), óleo de soja (- 5,44%) e maçã (- 12,51%) no setor de alimentação.

Por outro lado, a inflação só não foi menor em razão das altas nos preços do tênis (8,39%), blusa (7,38%), camisa masculina (8,31%) no segmento de vestuário; pescado fresco (6,23%), cebola (32,75%), acém (3,45%), costela (3,96%) e frango congelado no segmento de alimentação.

Diferente dos meses anteriores, o grupo alimentação especificamente apresentou queda e fechou maio com índice -0,78%. Para o coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, este grupo é o melhor termômetro para o comportamento da inflação ao longo do ano, pois tem a segunda ponderação na formação do índice inflacionário.

“Com a melhora do clima no país, vários dos produtos de alimentação têm diminuído de preços, principalmente, os hortifrútis. Se a tendência continuar, certamente a inflação ficará em torno, ou mesmo, abaixo da meta do CMN para o ano de 2017, de 4,5%”, afirma o especialista.

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