Capital tem 103 mil inadimplentes no varejo com queda no índice em fevereiro
Total de endividados também recuou após pagamento de contas no início do ano e campanhas de renegociação
Com 103,4 mil consumidores com contas em atraso, Campo Grande registrou queda de 2,1% no total de inadimplência no mês de fevereiro. Deste total, 45.261 famílias alegaram sequer ter condições de pagar as contas em atraso. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) que aponta queda no índice de famílias campo grandenses endividadas, que somam 181 mil na Capital.
O percentual de endividamento que era de 61%, em janeiro, passou para 58,1%, em fevereiro. Esse índice leva em consideração os compromissos mensais como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros em Campo Grande e faz parte dos estudos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
“O índice se manteve no mesmo patamar de fevereiro de 2019, o que pode ser um indicativo de que os consumidores estão dando preferência ao pagamento de contas à vista. Já os indicadores de inadimplência se mantiveram praticamente estáveis”, comenta a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS), Daniela Dias .Houve ligeira redução no índice dos que disseram que têm contas em atraso, de 33,9% a 33,2%, enquanto que os que dizem que não terão condições de pagar se mantiveram em 14,5%.
Se consideram muito endividados, 13,1% dos entrevistados e 66,5% informaram que o principal tipo de dívida é no cartão de crédito, seguido de carnês, 20,6% e financiamento de carro (14,4%) e casa (15,8%).
Limpa nome– A queda na inadimplência neste início de ano também reflete um cenário de recuperação de crédito, impulsionado pelas campanhas de renegociação promovidas no fim do ano passado. Os economistas ainda estimam que a inadimplência deve seguir em queda pelos próximos meses, mas a passos lentos. A aceleração desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica e, em especial, daquilo que toca diretamente o bolso do consumidor: emprego e renda. Mesmo com a inadimplência caindo aos poucos, as famílias ainda enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos em dia, tanto é que há um estoque elevado de pessoas com contas sem pagar.