Aluno denuncia faculdade após turma atender público em clínica alagada
Caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (12), na Policlínica 2, na Uniderp
RESUMO
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Estudantes de odontologia da Policlínica 2 da Uniderp enfrentam problemas estruturais durante atendimentos, com alagamentos e equipamentos precários. Vídeos mostram alunos lidando com água acumulada e vazamentos. Apesar dos riscos, atendimentos continuam, gerando insatisfação entre os alunos, que pagam mensalidades altas. Um abaixo-assinado foi criado para exigir melhorias, destacando cadeiras amarradas com fita e filtros de água vencidos. A situação expõe o descaso com a infraestrutura e busca chamar atenção para possíveis soluções.
Seria mais um dia de atendimento sem intercorrências na Policlínica, mas nesta quarta-feira (12) os estudantes de odontologia precisaram lidar não só com o público. “Hoje tivemos esse descaso na clínica de odontologia. Muita água, acumulada durante os atendimentos”. A sugestão foi enviada para o canal Direto das Ruas.
Vídeo gravado dentro da Policlínica 2, da Uniderp, mostra os estudantes de odontologia prestando atendimento ao público no local que está alagado. Na filmagem, um deles até aparece torcendo um pano e com um balde ao lado. Em outra gravação, é possível ver a água vazando de um dos canos.
Acadêmico do curso de odontologia, que terá a identidade preservada, comenta que não é de hoje que a turma enfrenta situações como as expostas na filmagem. “Já tem um tempo que as clínicas de odontologia de atendimento ao público com fator socioeconômico mais baixo estão enfrentando algumas dificuldades”, afirma.
Hoje, no período da manhã, os pacientes foram atendidos normalmente, sem qualquer suspensão do expediente. O estudante comenta que isso não poderia ter ocorrido. “Na minha concepção o atendimento não deveria nem ocorrer, porque tem água junto com fio, existem riscos, mas como é uma empresa privada que busca rentabilidade, eles não param o atendimento”, declara.
Essa é a primeira vez que o prédio fica alagado, porém os estudantes já reclamaram mais de uma vez com a coordenação do curso sobre a precariedade da estrutura. “Tem cadeiras amarradas com fita, raio-x que não funciona, filtro de água vencidos há dois anos que não é trocado”, expõe.
Os acadêmicos fizeram um abaixo-assinado para denunciar a situação, expondo o descaso com a estrutura da Policlínica. A indignação também tem relação com as mensalidades que chegam a R$ 6 mil. “Está rolando um abaixo assinado dos alunos de odontologia exatamente para as melhorias na infraestrutura. A faculdade finge que não vê, mas talvez levando isso a público, poderia resolver nem que seja o mínimo”, pontua.
A reportagem procurou a assessoria da Uniderp. Em nota, a instituição informou que um vazamento de água pontual ocorreu devido ao rompimento de uma válvula de compressão na policlínica de Odontologia.
"[...] Assim que informada do ocorrido, a equipe de manutenção da unidade realizou a troca do equipamento danificado, efetuando em seguida o escoamento da água e limpeza do local. A Uniderp esclarece que nenhum equipamento da policlínica foi danificado. A instituição está em contato com os alunos do curso para entender se há registro de materiais com avarias para que o ressarcimento seja providenciado".
Por fim, a instituição reforça seu compromisso com a transparência e respeito e está aberta para dialogar com os alunos em reunião já agendada para a próxima terça-feira, nas dependências da universidade, com o intuito de esclarecer dúvidas e avaliar possíveis benfeitorias.
[ * ] Matéria alterada às 19h54 para acréscimo de conteúdo.
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