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Economia

Com avanço nas exportações, MS se consolida como destaque no Brasil

Estado está entre os cinco articuladores das vendas externas brasileiras em expansão

Por Lucia Morel | 02/01/2024 15:37
Projeto da ponte bioceância entre Carmelo Peralta, no Paraguai e Porto Murtinho. (Foto: Reprodução)
Projeto da ponte bioceância entre Carmelo Peralta, no Paraguai e Porto Murtinho. (Foto: Reprodução)

Em 20 anos, as exportações de Mato Grosso do Sul cresceram 139%, saltando de 2,8 milhões de dólares para 6,8 milhões de dólares entre 2010 e 2021. Os dados são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), na publicação “Fronteiras do Brasil – o litoral em sua dimensão fronteiriça”, e coloca o Estado entre os cinco articuladores das vendas externas brasileiras em expansão.

Conforme a publicação, há cerca de 20 anos o avanço industrial e econômico da China e do Sudeste asiático tem impulsionado a demanda mundial por alimentos, matérias-primas e insumos básicos.

Na corrida por suprir essa falta, o bioma Cerrado, onde Mato Grosso do Sul está inserido, tornou-se mais produtivo e tecnológico com a atuação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), estimulando “intensas transformações geoeconômicas em alguns estados do Brasil, convertendo-os em atores centrais para a ampliação da fronteira agrícola nacional (…). Esses são os casos, principalmente, de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, cita o compilado.

Dentro desse cenário, a carne bovina também aparece como protagonista, sendo MS o terceiro maior exportador, atrás apenas de Mato Grosso e Goiás. O material do Ipea destaca que houve aumento nas vendas nominais (em dólares), mas também “grande diminuição da participação de São Paulo nas últimas duas décadas”, o que decorre “à grande expansão das exportações dos outros estados considerados, localizados nas regiões Centro-Oeste e Norte”.

Conforme os dados, “o Brasil avança para o Oeste na demografia e na economia, especialmente no setor exportador”, privilegiando MS. Para se ter uma ideia, as exportações sul-mato-grossenses multiplicaram 19,9 vezes.

Junto com o Estado, estão Mato Grosso, Acre, Rondônia e Roraima, que, de acordo com a publicação, “são estados sem antecedentes de política industrial e que têm mostrado um dinamismo demográfico, econômico e comercial superior à média brasileira nas últimas duas décadas”.

Carne é dos principais produtos exportados para a China e Sudeste asiático. (Foto: Governo de MS)
Carne é dos principais produtos exportados para a China e Sudeste asiático. (Foto: Governo de MS)

Sobre eles, ainda destaca o compilado que “em suma, os cinco estados articuladores brasileiros são UFs cuja produção tem se deslocado para a fronteira ocidental (cada vez mais distante dos portos do Atlântico), sendo equidistantes dos portos do Atlântico e do Pacífico, ou inclusive do Caribe, no caso de Roraima”.

Rota Bioceânica – Nesse contexto, o incentivos e os investimentos em rotas interoceânicas precisam crescer e a Rila (Rota de Integração Latino-Americana) beneficia diretamente Mato Grosso do Sul. “O corredor rodoviário bioceânico criará grandes vantagens para o Mato Grosso do Sul e as regiões próximas, especialmente no caso das exportações de três tipos de produtos: celulose, carnes desossadas de bovino e pedaços e miudezas comestíveis de galinhas”, diz a publicação.

Com ela, será possível “articular as cadeias produtivas do Norte do Chile, do Noroeste argentino, do Chaco paraguaio e do Centro-Oeste brasileiro, além de, claramente, incorporá-las na rota comercial bioceânica e no caminho da integração e do desenvolvimento”, finaliza.

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