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Economia

Com “calorão”, procura por água de coco aumenta em 70% na Capital

Vendedores relatam aumento na procura da água de coco, mas custo de transporte do fruto também aumentou

Por Mylena Fraiha | 26/09/2023 16:35
Funcionário do Arubas Cocos, na Rua Calarge, traz coco para clientes (Foto: Mylena Fraiha)
Funcionário do Arubas Cocos, na Rua Calarge, traz coco para clientes (Foto: Mylena Fraiha)

Com o termômetro marcando altas temperaturas, moradores de Campo Grande têm buscado maneiras de se refrescar e se hidratar. Entre as opções preferidas, a água de coco se destaca com um aumento de até 70% nas vendas, segundo vendedores da Capital.

De acordo com um dos proprietários do Aruba Coco, Thales Franco Soares, de 35 anos, o aumento na procura foi notado nos últimos 20 dias. Com uma filial na Rua Calarge, no bairro Vila Glória, Thales e seu irmão e sócio Lincoln Franco Soares têm lucrado com o aumento de 70% na revenda do coco. “Estamos vendendo, em média, quase um caminhão por dia. Também vendemos para pequenos vendedores".

Thales explica que o Aruba Cocos teve um aumento na revenda do fruto (Foto: Paulo Francis)
Thales explica que o Aruba Cocos teve um aumento na revenda do fruto (Foto: Paulo Francis)

Segundo Thales, o Aruba Coco é o principal revendedor da fruta em Campo Grande. “Atendemos 100 vendedores na capital e 150 em todo o estado de Mato Grosso do Sul”, explica.

No Aruba Coco, o atacado de cocos é oferecido por R$ 3,80 a partir de 20 unidades, enquanto no varejo o valor sobe para R$ 4. Entretanto, Thales aponta que o desafio atual não é a falta de coco, mas sim o aumento na demanda por transporte adequado.

Thales também ressalta que o valor do coco no mercado não subiu, mas o do frete tem acompanhado a alta demanda. "O valor do frete varia, de acordo com o modelo do veículo. Só que a média de um frete de cocos sai entre 18 mil reais a 22 mil reais".

Funcionário do Aruba Cocos corta o fruto para clientes apreciarem a castanha (Foto: Paulo Francis)
Funcionário do Aruba Cocos corta o fruto para clientes apreciarem a castanha (Foto: Paulo Francis)

Alta procura - Com vários quiosques, o Parque das Nações Indígenas, localizado nos altos da Avenida Afonso Pena, é um dos principais locais que reúne vendedores de água de coco na Capital.

O vendedor Jorge Gomes da Silva, de 69 anos, é um deles, que trabalha com água de coco há 10 anos. Segundo ele, o aumento nas vendas também foi notado em seu quiosque, especialmente nos finais de semana.

As vendas aumentaram devido ao calor. Tanto a venda de coco, como a de água e de picolé. A gente sentiu esse aumento nas vendas porque as pessoas começaram a sentir mais sede”, comenta Jorge.

No seu quiosque Raí coco, localizado na entrada Guarani, na Avenida Afonso Pena, Jorge vende a água de coco por R$ 10 e percebeu um aumento de 30% nas vendas desde o início do calor.

“Chega no período da noite, em dia de semana mesmo, tem muita gente aqui pelo parque. Antes dessa onda de calor, por volta das 19h, já não tinha quase ninguém no parque. Agora estamos saindo por volta das 21h30 da noite, porque tem gente sentada por aqui.”

Vendedor Jorge comenta que a procura por água de coco aumentou no período noturno (Foto: Mylena Fraiha)
Vendedor Jorge comenta que a procura por água de coco aumentou no período noturno (Foto: Mylena Fraiha)

A vendedora Talita Manoela, de 19 anos, que trabalha com venda de água de coco desde a infância com sua família, também observou um aumento significativo nas vendas, especialmente nos domingos. "Tem dias que vendemos entre 60 e 70 cocos", diz.

Talita relata que o fornecimento de cocos vem principalmente do Aruba, e a família tem dobrado sua demanda junto ao atacadista devido à alta procura. “A gente pegava menos antes, mas agora estamos pegando o dobro. Apesar de não ter notado esse aumento nos preços dos cocos, acredito que vá aumentar nos próximos dias, por causa da demanda".

No quiosque Coco & Cia, a proprietária Julia Carla, de 40 anos, afirma que nos dias de calor o estabelecimento tem vendido mais de 100 cocos por dia. Em seu quiosque, a água de coco é vendida a R$ 10, com opções em garrafas de 1 litro por R$ 22 e 500 ml por R$ 12, além das batidas de coco por R$ 17.

A vendedora Danielly comenta que os pedidos por água de coco aumentaram nos últimos dias (Foto: Mylena Fraiha)
A vendedora Danielly comenta que os pedidos por água de coco aumentaram nos últimos dias (Foto: Mylena Fraiha)

A vendedora do quiosque Coco & Cia, Danielly Ribeiro, também percebe o aumento nas vendas, principalmente no período noturno. "Vendemos muito coco, açaí e caldo de cana. Geralmente, 20h da noite as vendas aumentam bastante”, explica.

Apesar de ainda não terem aumentado os preços do coco, Julia acredita que os valores podem mudar, devido à alta no calor e, consequentemente, na demanda. Entretanto, ela reforça que é um momento de inovar nas opções e melhorar as vendas.

"Vendemos a água de coco e o coco batido com a castanha. Mas o que mais tem saído é o coco refrescante, batido com hortelã, gengibre e limão. É uma opção saudável e ótima para se hidratar após atividades físicas", destaca Julia.

Motociclista toma água de coco em garrafa, na Rua Calarge, Vila Glória (Foto: Paulo Francis)
Motociclista toma água de coco em garrafa, na Rua Calarge, Vila Glória (Foto: Paulo Francis)

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