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Economia

Com chuvas e estradas destruídas, produtor perde 350 hectares de soja

Priscilla Peres | 08/03/2016 17:42
Estradas vicinais do município destruídas pelas chuvas. (Foto: Aprosoja MS)
Estradas vicinais do município destruídas pelas chuvas. (Foto: Aprosoja MS)

As consequências das fortes chuvas que atingiram o Estado no início do ano começam a ser sentidas, com mais intensidade, agora pelos agricultores, que sofreram duplamente, com as lavouras alagadas e as estradas destruídas. Em Amambai - distante 360 km de Campo Grande, um único produtor perdeu 350 hectares do grão.

No município, além de alagar as plantações de soja impedindo a colheita, a chuva destruiu estradas vicinais, dificultando o transporte do grão. De acordo com a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS), um único produtos de Amambai perdeu 350 kim de soja por não conseguir escoar a produção.

Segundo o engenheiro agrônomo Jaime José Helmich, os caminhões não conseguem transitar pelas estradas e funcionários da fazenda tiveram que ser remanejados para ajudar a minimizar o problema. A soja que estragou antes de ser retirada da fazenda, poderá virar ração dos animais.

"São cerca de 10 quilômetros de estrada intransitável. Juntamos algumas pessoas e máquinas para tentar arrumar a estrada e conseguir tirar a soja que já está podre. O prejuízo é grande e certo", conta Jaime, que trabalha na Fazenda Sperafico.

O prefeito de Amambai, Sergio Barbosa (PMDB) explica que aconteceram situações bastante pontuais de perdas, mas que a Fazenda Sperafico é uma das mais afetadas. "Eu estive lá na semana passada e vi que formou uma erosão na estrada próximo a eles, então uma nova via teve que ser aberta".

Em janeiro, o Campo Grande News mostrou que os produtores da região sul começavam a colheita de soja com problemas, justamente por causa das chuvas recordes e as estradas danificadas. O problema se agravou com mais chuva, o que impediu que as máquinas entrassem nas fazendas.

Em Amambai, o prefeito Sergio afirma que a quebra da safra trará impactos para o município. "A agricultura é nosso carro chefe, essa chuva interfere em vários segmentos, principalmente no comércio que passa a vender menos", diz ele, ao lembrar que também que a movimentação de dinheiro cai por lá.

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