Combustível pode ficar até 8% mais caro em MS, prevê sindicato
O sul-mato-grossense pode pagar até 8% a mais pelos combustíveis com o reajuste que está sendo preparado pelo Governo Federal, e vem sendo discutido há meses, de acordo com Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul). A alta no preço deve ser divulgada pelo governo até o próximo dia 10, na previsão da entidade.
O reajuste, segundo o supervisor técnico do Sinpetro, Edson Lazaroto, será determinado para recuperar as finanças da Petrobras, que enfrenta defasagem financeira. “A Petrobras compra o combustível pelo preço internacional, que é superior ao daqui e repassa no preço interno sem aumento, por isso o déficit”, explica o técnico. O aumento no preço foi sinalizado, antes das eleições, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na ocasião, o ministro destacou que a decisão cabe à Petrobras.
O impacto maior do aumento será para os consumidores, já que os postos de combustíveis irão repassar o aumento, segundo o Sinpetro. Com isso, o preço médio do litro da gasolina que está em R$ 2,974 em Campo Grande, pode chegar à R$ 3,21, caso o aumento seja de 8%. O preço médio do litro do etanol, por sua vez, que está em R$ 2,062 pode subir para R$ 2,226, com o percentual previsto pelo sindicato.
Em todo o Estado, o preço médio do litro da gasolina está em R$ 3,074 e com o reajuste pode chegar à R$ 3,319. O etanol, pode passar do preço médio de R$ 2,159 para R$ 2,331. Os preços médios são do último levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo,Gás Natural e Biocombustíveis), entre 19 e 25 de outubro deste ano.
Concorrência – A disputa por clientela entre os postos de gasolina tem segurado os preços. Os revendedores reclamam da margem de lucro, que fica pequena com a concorrência. “No mês de maio o preço do litro da gasolina era em torno de R$ 3,12 e foi baixando por causa da concorrência, mas era pra estar nesse valor”, diz o supervisor técnico.