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Economia

Companhia inicia voos entre Campo Grande e Assunção na segunda-feira

Amaszonas Paraguay apresentou planos para o país e operações na Capital, ida e volta entre as duas cidades custará US$ 270 e permite conexões internacionais

Humberto Marques e Kleber Clajus | 13/12/2017 14:38
Aeronave da Amaszonas foi "batizada" em seu pouso no Aeroporto Internacional. (Fotos: Paulo Francis)
Aeronave da Amaszonas foi "batizada" em seu pouso no Aeroporto Internacional. (Fotos: Paulo Francis)

A Amaszonas Paraguay começa a operar nesta segunda-feira (18) voos diretos entre Campo Grande e Assunção, no Paraguai, abrindo uma nova oportunidade de conexões internacionais para passageiros brasileiros. A apresentação da retomada das operações da companhia aérea foi realizada na tarde desta quarta-feira (13), no Aeroporto Internacional da Capital, quando houve o batismo de uma das aeronaves que será usada na rota.

A frequência dos voos entre Campo Grande e Assunção será trissemanal, com voos e decolagens às segundas, quartas e sextas-feiras. O foco da Amaszonas estará centrado na comunidade paraguaia que vive na Capital e também no setor empresarial, segundo informou o vice-presidente da companhia, Luís Vera.

Conforme o executivo, a intenção da empresa é transportar “todos os passageiros da comunidade paraguaia em Campo Grande e ofertar esse serviço a empresários brasileiros que tenham investimentos no Paraguai, no campo agrícola e pecuário”. Ainda segundo Luís Vera, a intenção da Amaszonas é, em até um ano, realizar voos diários entre os dois destinos.

Neste mês, a empresa aérea também inicia operações em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), e em janeiro de 2018 deve começar as operações regulares nos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e Viracopos, em Campinas (SP).

Pela companhia, uma viagem de ida e volta de Campo Grande a Assunção custa US$ 270 (cerca de R$ 891, no câmbio desta tarde). A partir de Assunção, é possível realizar conexões pela Amaszonas para outros destinos sul-americanos comprando as passagens pela empresa –como Montevidéu (Uruguai); Santa Cruz (Bolívia); Iquique (Chile); Cuzco (Peru); e Salta, Corrientes e Buenos Aires (Argentina). Também abre-se nova oportunidade de voo para Madri (Espanha), por meio de acordo da empresa com a Air Europa.

Verruck recepcionou Luís Vera, vice-presidente da Amaszonas, em Campo Grande.
Verruck recepcionou Luís Vera, vice-presidente da Amaszonas, em Campo Grande.

Passageiros – A possibilidade de aproximar os campo-grandenses de Assunção foi lembrada por Mirtha Jiménez, conselheira do consulado paraguaio em Campo Grande, que pretende usar os voos no fim deste ano para visitar familiares no país vizinho. Ela também destacou que o voo abre uma nova oportunidade de intercâmbio cultural e turístico entre os países.

Mirta, porém, manifestou preocupação quanto a existência de passageiros o suficiente para manter a rota viável. Tal motivo já levou a Amaszonas Bolívia a suspender os voos da Capital para Santa Cruz. O temor também foi manifestado pelo ministro Angel Adrian Gill Lesme, cônsul do Paraguai em Campo Grande.

“Vamos torcer para que haja passageiros e, em breve, também possamos aproveitar Bonito e outras cidades do Pantanal”, declarou o cônsul. “Para a indústria, abrem-se novas possibilidades econômicas”.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, pontuou que as operações da Amaszonas Paraguay não receberam incentivos do governo, como redução de ICMS do combustível das aeronaves. Em vez disso, foi proposta a intensificação de relações comerciais e da divulgação turística, a fim de atrair viajantes e minimizar as preocupações sobre a demanda de passageiros.

“Precisamos de passageiros. Estamos focados nos empresários, que são os investidores paraguaios, e no turismo, para mostrar que, em vez de irmos a São Paulo, podemos ir para o Paraguai e de lá seguir para Santiago e Montevidéu”,disse o secretário.

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