Conta de energia elétrica fica mais cara a partir de hoje em Mato Grosso do Sul
O reajuste médio de 1,33% é resultado da variação de 3,09% para alta tensão e 0,69% aos de baixa tensão
A partir desta terça-feira (8), a conta de energia terá um reajuste médio de 1,33% para os consumidores de Mato Grosso do Sul. O índice afetará 1,1 milhão de consumidores, em 74 municípios.
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A partir desta terça-feira (08), a conta de energia em Mato Grosso do Sul terá um reajuste médio de 1,33%, afetando 1,1 milhão de consumidores em 74 municípios. O aumento será de 3,09% para alta tensão e 0,69% para baixa tensão. Residências na tarifa social terão reajuste de 0,56% e áreas rurais 0,92%. A Aneel aprovou o Reajuste Tarifário Anual, mas o valor final pode variar com impostos. O Concen-MS antecipou-se no processo, evitando disputas sobre o reajuste. Em 2023, a tarifa já havia aumentado 9,58%.
Esse percentual resulta da variação de 3,09% para os clientes de alta tensão e de 0,69% para os de baixa tensão. O grupo residencial terá reajuste médio de 0,56%, enquanto o grupo rural, terá reajuste de 0,92%..
O RTA (Reajuste Tarifário Anual) foi aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta terça-feira, durante reunião ordinária.
A presidente do Concen-MS (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa Mato Grosso do Sul), Rosimeire Costa, explica que, ao serem aplicados os impostos e encargos do setor elétrico, esse valor pode sofrer alterações.
“Tudo isso corresponde ao valor de 1 quilowatt, sem os encargos do setor elétrico. Então, haverá alteração quando forem aplicados PIS, Cofins, ICMS e a taxa de iluminação pública. Quanto mais eu consumo, mais caro fica. A Energisa já está autorizada a cobrar na base do convencional que é 0,92%. O consumidor já vai sentir o impacto na próxima fatura”, disse.
Ainda de acordo com Rosimeire, desta vez não haverá “briga” pelo reajuste, já que o Concen se antecipou no processo e pediu mais prazo.
“A reunião estava marcada para a semana passada. Nós fomos antes e conversamos com a diretoria da relatora. Consideramos a questão do IGP-M, que estava impactando em 9,55%, e dissemos que ainda havia prazo e que o índice poderia sofrer alteração. Ela retirou nosso processo da pauta no dia 1º e o colocou novamente hoje, e o IGP-M acabou fechando em 8,56%”, completou.
Em nota, a Energisa informou que o cálculo segue estabelecido no contrato. “A tarifa para clientes de baixa tensão, que engloba 99,63% das classes de consumo do estado, vai ter correção próximo de zero: 0,69%. O reajuste passa a valer a partir de 08 de abril. O cálculo segue regra estabelecida no contrato de concessão, como a aplicação planejada e austera dos recursos por parte da Energisa, que tem também a missão de ser vigilante contra qualquer custo que onere o cliente sem necessidade. Isso vai do combate ao furto de energia à avaliação de projetos elétricos corretos”, disse em nota.

Ainda de acordo com a distribuidora, outro aspecto financeiro importante para o consumidor, "é que os preços das tarifas estão ficando abaixo do acumulado no mesmo período pelos dois principais índices econômicos do país. O Índice Geral de Preços – Mercado foi de 9,29%. Já Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, foi de 5,48% nos últimos 12 meses."
No ano passado, houve uma diminuição na tarifa de 1,61%. Já em 2023, a conta de luz ficou 9,58% mais cara para os consumidores.
Conforme balanço da Energisa, a distribuidora fechou o ano de 2024 com receita operacional bruta de R$ 6,4 milhões, 5,6% a mais que 2023. O lucro líquido foi de R$ 603,7 milhões, leve queda de 0,9% em relação ao mesmo período anterior.
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