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Economia

Corredor bioceânico vai fortalecer produtos de MS, avalia pesquisador

Caminho mais curto aos mercados asiáticos como a China, vão melhorar condições de produtos

Leonardo Rocha | 10/09/2020 12:15
Rota do corredor bioceânico em direção ao Pacífico (Foto: Divulgação)
Rota do corredor bioceânico em direção ao Pacífico (Foto: Divulgação)

Os produtos de Mato Grosso do Sul vão ganhar mais competitividade na exportação, após a implantação do corredor bioceânico. É o que avalia o pesquisador da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Francisco Bayardo. Ele cita a redução de custos, com o "encurtamento" do caminho ao Oceano Pacífico.

“A localização geográfica dos portos do Chile garante a redução do tempo de viagem fazendo com que os produtos exportados tenham um custo de deslocamento menor, tornando o mercado brasileiro mais competitivo”, descreveu.

O projeto é prioridade do governo estadual, que faz investimentos em logística e infraestrutura na região de fronteira, justamente para ligar Mato Grosso do Sul à rota bioceânica. A redução do caminho ao Pacífico será de até 8 mil km, por meio dos portos de Antofagasta e Iquique.

O pesquisador cita que a China continua sendo o principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, o que chega a 44,46% apenas em agosto, e que este produto vai chegar mais rápido e menos custo ao país asiático.

 “Se nós lembrarmos que a China compra muita carne, por onde sai a nossa carne hoje? Pelo Sudeste, pelo Porto de Santos (SP), um trajeto distante. Se a gente pensar que esse produto poderá sair pelo Pacífico, há de se considerar um encurtamento do trajeto que pode chegar até 8 mil quilômetros”.

Em Mato Grosso do Sul, algumas obras já estão sendo desenvolvidas para fazer parte do corredor, entre elas a ponte sobre o Rio Paraguai, que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta.  A cidade de fronteira do Estado inclusive já conta com dois portos m funcionamento.

“Temos esses dois portos, um com capacidade para 18 mil toneladas em seu armazém, e o outro com capacidade de 30 mil toneladas, prevendo-se para o ano que vem dobrar essa capacidade de armazenagem passando para 60 mil toneladas”, ponderou Bayardo.

Uma das expectativas é que o projeto (corredor) ainda contribua para favorecer o uso da estrutura rodoviária, fluvial e ferroviária do Estado. “Nós temos um ramal importante ligando Corumbá com Campo Grande, outra malha ligando Campo Grande a Três Lagoas, e Campo Grande ao sul do Estado também”, descreveu.

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