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Economia

Decisão sobre reajuste do salário mínimo de 2019 ficará para Bolsonaro

Michel Temer decide não assinar medida que reajustaria valor de R$ 954 para R$ 1.006

Agência Brasil | 31/12/2018 19:32
Bolsonaro terá até 15 de abril para definir política de correção do salário mínimo. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo)
Bolsonaro terá até 15 de abril para definir política de correção do salário mínimo. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo)

O presidente Michel Temer (MDB) deixou para o sucessor, Jair Bolsonaro (PSL), definir a nova política para o salário mínimo. A regra atual para cálculo perde validade amanhã (1º). O valor atual do salário mínimo é de R$ 954.

No Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2019, o valor fixado para o mínimo a partir de 2019 é de R$ 1.006. Porém, é necessário confirmar o valor e definir também as regras que vão vigorar para os próximos reajustes.

Tradicionalmente, o decreto é editado nos últimos dias do mês de dezembro. A Agência Brasil apurou que Michel Temer não irá assinar mais nenhum ato que envolva impactos futuros.

O salário mínimo é usado como referência para os benefícios assistenciais e previdenciários. Bolsonaro tem até 15 de abril para decidir se mantém a regra ou se muda.

Pela regra atual, o mínimo deve ser corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais a variação do Produto Interno Bruto (o PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) dos dois anos anteriores.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento informaram que o valor do mínimo foi revisado para cima porque a estimativa de inflação pelo INPC em 2018 passou de 3,3% para 4,2%. O INPC mede a variação de preços das famílias mais pobres, com renda mensal de um a cinco salários mínimos. Alguns Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, têm valores diferenciados para o salário mínimo, acima do piso nacional.

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