Financiamento de veículos tem retração em junho e cai 16% em MS
Os financiamentos de veículos novos e usados registraram queda de 16,1% no mês de julho em Mato Grosso do Sul, quando comparado ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Unidade de Financiamentos da Cetip, por meio do banco de dados do SNG (Sistema Nacional de Gravames) que avalia o cenário de veículos leves, pesados e motocicletas.
Segundo a pesquisa, 6.583 financiamentos foram realizados no Estado no último mês, dos quais, 5.4 equivalem a crédito de automóveis. Este segmento retraiu 12,6% se comparado a julho de 2015, registrando em 2016 crédito de 5.377 unidades.
O Centro-Oeste atingiu 36.752 veículos financiados julho. Desse total, 14.865 foram unidades novas e 21.887 de usadas. Os automóveis leves alcançaram 29.941 carros vendidos a crédito, enquanto as motos somaram 5.359 unidades financiadas.
O total de veículos financiados no Brasil em julho somaram 382.585 unidades, entre automóveis leves, motocicletas, pesados e outros, uma queda de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Veículos novos somaram 144.410 unidades vendidas a crédito, enquanto os usados chegaram a 238.175.
A retração não foi registrada apenas em julho. Dados da Cetip divulgados no final do último mês apresentaram o balanço do semestre, quando a retração na quantidade de veículos, entre novos e usados, financiados no primeiro semestre do ano em Mato Grosso do Sul foi de 15,2%, quando comparado ao mesmo período do ano passado, o que no semestre significou que 6.738 veículos deixaram de ser comprados por meio de financiamento entre janeiro e junho de 2016.
Reação dos consórcios - Enquanto os financiamentos apresentaram retração no último mês e em todo o semestre, o balanço dos últimos seis meses dos consórcios é positivo, de acordo com a ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).No País, o segmento cresceu em média 30% e em Mato Grosso do Sul a reação foi de 33% entre janeiro e julho deste ano, se comparado ao mesmo período de 2015.
Segundo o economista Sérgio Barros, o financiamento é uma modalidade restrita de crédito, onde a aprovação depende de trâmites burocráticos. "Se o solicitante possui alguma pendência bancária, há grande possibilidade de o crédito não ser aprovado", considera.
O economista destaca ainda que as taxas de juros dos financiamentos (entre 1,9% a 2,2%) se comparadas com as de um consórcio (média de 0,25%), motivam a escolha pela compra planejada."Para fugir dos juros mais altos, a compra planejada pode ser uma bos estratégia para a aquisição do bem", avalia.