Governo quer bancada unida para sensibilizar Petrobras sobre gás natural
O governo de Mato Grosso do Sul pediu a ajuda à bancada estadual para sensibilizar o Governo Federal e a Petrobras, em relação à queda na arrecadação decorrente ao ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Serviços) obtido com o gás natural boliviano.
O governo alega que a Petrobras reduziu consideravelmente o volume de gás natural importado da Bolívia, derrubando em 50% a arrecadação estadual, que passou de R$ 79,3 milhões para R$ 38,6 milhões por mês, segundo a Sefaz (Secretaria estadual de Fazenda).
A mudança de estratégia da Petrobras, que atualmente consome menos gás natural boliviano e mais a produção local, colocou as finanças do governo estadual em situação delicada. Para tentar reverter o quadro, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) reuniu a bancada estadual hoje, em Brasília.
A reunião decidiu que governo, senadores e deputados federais vão se unir para tentar sensibilizar a União, por meio da Casa Civil, e a Petrobras. O objetivo é fazer reuniões mostrando a situação das finanças estaduais.
O senador Waldemir Moka (PMDB) conversou com o Campo Grande News e afirma que a intenção é fazer a Petrobras cumprir o contrato de compra de gás boliviano. Segundo ele, a estatal tem direito a importar 24 milhões m³ de gás natural, mas reduziu o consumo para 14 milhões de m³ nos últimos meses.
"Já que o governo brasileiro é obrigado a pagar por esse contrato, que termina em 2018, queremos basicamente que ele seja cumprido. Claro que a estatal passa por dificuldades, mas nós estamos preocupados com o Mato Grosso do Sul e vamos insistir no assunto", afirma o senador.
Segundo ele, toda a bancada está mobilizada neste assunto. O presidente da MSGÁS (Companhia de Gás de MS), Rudel Trindade, confirmou e disse que a ideia é mostrar o resultado na mudança na situação financeira do estado.