Governo vai investir em polos regionais após encerrar Caravana da Saúde
Caravana da Saúde quer realizar mais de 25 mil cirurgias até abril do ano que vem, quando será encerrada, segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). "Desde a época de campanha percebemos que a saúde era prioridade da população. O governo já realizou 13,6 mil cirurgias nas caravanas", disse o gestor durante o IX Congresso Nacional de Engenheiros, na manhã desta segunda-feira (5), em Campo Grande.
De acordo com Azambuja, existia uma fila de 18,7 mil pessoas à espera de cirurgias, mas o objetivo é promover a descentralização do atendimento de saúde.
"A caravana se encerra em abril, quando completa um ano e, assim, a intenção é fazer a regulação de uma lógica estadual. Dessa forma, os polos regionais de saúde poderão se organizar para as pessoas não precisarem se deslocar para a capital em busca de atendimento", explicou o governador.
Para facilitar isso, o administrador estadual confirmou investimentos em saúde durante visita à cidade neste sábado (3). Entre as novidades está um CTI (Centro de Tratamento Intensivo) totalmente equipado para o hospital de Corumbá, além de aparelho de tomografia computadorizada.
"Com isso, as crianças não vão precisar vir pra Campo Grande em busca de atendimento, e isso se trata de uma lógica regional", disse. Para Azambuja, é preciso descentralizar o atendimento em saúde. Para isso, é preciso conseguir mais verbas.
Mais recursos - "Também vamos fazer uma pactuação com a bancada federal de Mato Grosso do Sul para que eles enviem emendas federais aos polos regionais de saúde, pois precisamos de recursos pra construir o hospital regional de Dourados, já que existe verba para o hospital regional de Três Lagoas", detalhou.
Ainda segundo o governador, a administração estadual usará recursos próprios para terminar os hospitais do trauma e do câncer de Campo Grande, além de ampliar o hospital regional com novos leitos e alas.
Para tornar isso possível, o governo estadual tem se aproximado da prefeitura da capital, mesmo a cidade tendo gestão plena, ou seja, recebendo recursos para saúde diretamente do governo federal, tornando-a independente dos repasses estaduais.
"O governo quer pactuar com a administração municipal de Campo Grande, mas como houve mudanças de equipe, tivemos que voltar para a estaca zero. Vamos em busca de acelerar as ações da saúde, temos que lembrar que aqui é gestão plena", finalizou.