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Economia

Greve de bancários começa a causar transtorno e prejuízos aos clientes

Caroline Maldonado | 02/10/2014 14:26
José calcula prejuízo de R$ 10 mil caso a greve não termine ainda nessa semana (Foto: Marcelo Victor)
José calcula prejuízo de R$ 10 mil caso a greve não termine ainda nessa semana (Foto: Marcelo Victor)

A greve dos bancários, iniciada na terça-feira (30), começa a causar transtornos para quem precisa de atendimentos que não podem ser feitos nos caixas eletrônicos. Nesta manhã, houve quem foi até as agências e não conseguiu sacar além do limite permitido nas máquinas e até clientes com problema bem maior. Quem não vê outra alternativa, reclama o atendimento de 30%, obrigatório pela lei de greve.

Desempregado, Hermógenes Anastácio, 32 anos, foi até uma agência da Caixa Econômica nesta manhã para sacar o benefício do PIS, mas teve uma surpresa ao ver que não havia saldo. Na agência, dois atendentes prestam atendimento aos clientes que usam os caixas eletrônicos. Um deles encaminhou o problema de Hermógenes para o funcionários do interior do banco, mas não garantiram que ele seria atendido. O cliente, que teve o cartão roubado e agora utiliza uma segunda via, diz que ontem o dinheiro estava na conta e não entende o que pode ter acontecido.

“Eu sei que eles têm que ter gente trabalhando aqui, então vou tentar conversar com alguém. Falaram para eu esperar, mas é complicado com essa greve”, disse, enquanto esperava um dos funcionários do banco voltar do interior da agência.

O vendedor José de Almeida, 28 anos, já não tem esperança de conseguir atendimento antes do fim da greve e estima um prejuízo de R$ 10 mil caso a paralisação dos bancários se estenda até a semana que vem. “Eu sou representante e preciso sacar para fazer compras, mão limite do caixa eletrônico é muito baixo, então já estou tendo prejuízo”, lamenta. Já o FGTS, o vendedor sacou a poucos dias, antes do início da greve. “Ainda bem que eu retirei o dinheiro antes”, conta.

Todas as agências da Caixa Econômica e algumas do Banco do Brasil estão fechadas, principalmente as do centro, segundo Sindicário (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região). Já as agências de bancos públicos permanecem funcionando nos bairros, ficando paralisadas apenas as do Centro.

O Banco do Brasil orienta os clientes a utilizarem canais de atendimento alternativos, como Banco Postal, nas agências dos Correios; correspondentes bancários; portal BB na internet pelo site www.bb.com.br e central de atendimento, por meio do telefone 0800 729 0001. A Caixa Econômica também oferece alguns serviços pelas Casas Lotéricas e internet, pelop site www.caixa.gov.br.

No centro, todas as agências estão fechadas, segundo sindicato da categoria (Foto: Marcelo Victor)
No centro, todas as agências estão fechadas, segundo sindicato da categoria (Foto: Marcelo Victor)

Reivindicações - Os bancários querem reajuste de 12,5% nos salários, piso salarial de R$ 2.979,25 e aumento maior para os vales refeição, alimentação e auxílio-creche/babá; que estão entre os 20 itens da reivindicação. A categoria cobra ainda o fim das dispensas sem motivo, da cobrança por metas, ampliação dos itens do projeto piloto de segurança para todo o Brasil e igualdade de oportunidades na ascensão profissional.

Na última reunião com os sindicalistas, no sábado (28), a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propôs aumentar de 7% para 7,35% o reajuste salarial. Sindicalistas de todas as regiões do país negaram a proposta.

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